Greve no MTP-MT continua e Fonasefe anuncia nova Jornada de Lutas

 

Em sua pauta específica os servidores do MTP cobram equiparação salarial imediata com tabela de servidores do INSS e concessão de Plano de Carreira, entre outros pontos. Atualmente três categorias estão em greve. Além do MTP, pararam as atividades o Banco Central e INSS. Outras classes do funcionalismo devem parar nos próximos dias.

Fala ministro - “Esperamos chegar a um acordo em breve para pôr fim à paralisação”, disse o ministro do Trabalho e Previdência, José Carlos Oliveira, que recebeu na semana passada servidores no ministério. “Somos sensíveis às demandas da categoria e estamos empenhados em atendê-las, dentro do possível. Muito dos itens da pauta, inclusive, já estavam sendo trabalhados, disse o ministro.

 Jornada de Lutas - Por diálogo e uma reposição salarial emergencial justa para todo o funcionalismo, nessa quinta-feira, 12, a partir das 16h, entidades reunidas no Fonasefe, incluindo a Condsef/Fenadsef, participam de ato na Praça dos Três Poderes. Essa semana o Fonasefe também deve definir detalhes de uma nova Jornada de Lutas em defesa da pauta emergencial dos servidores.

Com salários congelados há mais de cinco anos, servidores voltam a ser assombrados por uma drástica perda em sua remuneração. O arrocho está trazendo de volta a memória os "anos de chumbo", como principalmente os oito anos de governo Fernando Henrique Cardoso (FHC) ficaram conhecidos, já que no período houve forte arrocho e muitos anos de salários congelados. À época, inclusive, muitos servidores precisavam de uma complementação em seus vencimentos básicos, já que o valor era inferior ao salário mínimo e, por lei, um trabalhador não pode receber menos. 

Além disso, aumentam a revolta comentários infelizes como o de Paulo Guedes, ministro da Economia, que já disse que conceder reajustes a servidores poderia destruir a economia e trazer de volta a inflação. "É um absurdo querer colocar na conta dos servidores que estão com seus salários congelados os efeitos perversos provocados por esse governo", destaca Sérgio Ronaldo da Silva, secretário-geral da Condsef/Fenadsef. "Não podemos admitir que retrocessos tão grandes aconteçam em nosso país", pontuou.

Enquanto isso, o governo Bolsonaro continua insistindo em não abrir um canal efetivo de negociações para discutir uma reposição salarial justa para o funcionalismo. O cenário é de incertezas já que a possibilidade de 5% linear é apenas hipotética. Além do percentual não agradar, como reconheceu recentemente Bolsonaro, há muitas dúvidas, entre elas está saber se o percentual seria aplicado apenas no vencimento básico ou no valor total do salário. Outro ponto é entender se aposentados e pensionistas estariam contemplados e como. (Com Condsef)