Sexta-feira, 26 de  abril de  2024 

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Entidades definem fortalecer Fórum Estadual pela Democratização da Comunicação

O encontro reuniu estudantes de jornalismo, movimentos sociais e sindicatos. Os debates giraram torno do fortalecimento da campanha “Liberdade de Expressão”, que luta pela aprovação do Projeto de Iniciativa Popular por Mídia Democrática.

Segundo o secretário de comunicação da CUT/MT, Robinson Cireia, a ideia de que a comunicação precisa ser democratizada é antiga no Brasil. Em vários locais do mundo foram criadas regras regulamentando e regulando a mídia. “Aqui, no Brasil, quando se fala em controlar ou regulamentar a mídia, logo dizem que queremos o fim da liberdade de expressão. O que queremos, na verdade, é a descentralização do poder midiático, que está concentrado nas mãos de 7 famílias”, afirmou, explicando que o poder mediático está atrelado aos interesses políticos e que a regulamentação é necessária para garantir a democracia em nosso país.

Os participantes debateram intensamente também questões como a constituinte, reforma política e as manifestações no Brasil. Mas, o principal foco foi o novo marco regulatório da comunicação, em especial a concentração do setor e para isso é preciso combater a propriedade cruzada de TV, rádio e jornal e impedir a concentração indevida de verbas publicitárias.

“O marco regulatório da comunicação brasileira foi criado há 50 anos pelos militares. Hoje não reflete a pluralidade e a diversidade da sociedade brasileira e isso afeta diretamente a democracia e os direitos humanos. Entendemos que a comunicação é um direito humano e portanto deve ser entendida como política pública, precisa ter regras para que seja exercida de forma justa. E. pensar uma nova estrutura para a comunicação não é pensar só a democracia é também pensar no desenvolvimento econômico de uma região, do país”, afirmou Rosane Bertotti pelo Fórum Nacional pela Democratização da Comunicação (FNDC) e secretária Nacional de Comunicação da CUT.

“Não queremos acabar com a Record , nem com a Rede Globo ou com o SBT. Queremos é que todos possam ter direito a um canal de TV. Queremos que a CUT, o MST, os sindicatos, os movimentos sociais possam ter um canal de televisão, de rádio”, acrescentou ela, apontando a questão do financiamento público e da distribuição das verbas publicitárias das três esferas governamentais.

A mesa da qual participou, “O oligopólio midiático e a democratização”, teve também a participação do jornalista Paulo Moreira Leite, diretor da sucursal da IstoÉ, em Brasília e autor do livro: “A Outra História do Mensalão – As Contradições de um Julgamento Político” e do ex-vereador de Cuiabá, Lúdio Cabral, representando a direção estadual do Partido dos Trabalhadores.

 Comunicação Alternativa

A segunda mesa teve como tema a mídia e as suas relações políticas com os movimentos sociais, que refletiu sobre a forma como a mídia hegemônica criminaliza os movimentos sociais e sindicais.

Os debates frisaram a importância e a necessidade e do fortalecimento dos meios da comunicação contra a hegemonia. Foi defendida a necessidade de construir uma rede de comunicação dos movimentos sociais, um desafio para a CUT/MT e para as demais entidades de luta do povo.
O debate contou com a participação do presidente da CUT/MT, João Luiz Dourado, do secretário de comunicação do Sintep/MT e de formação da CNTE, Gilmar Soares, de Lucineia de Freitas, a Lú, da direção do MST/MT, do presidente da UEE-MT, Rarikan Heaven, da representante da Intervozes - Coletivo Brasil de Comunicação Social, Mairá Silva Lima e do professor de Jornalismo da Universidade Estadual de Mato Grosso, em Alto Araguaia, Gibran Lachowsk.

 Encaminhamentos

No final do encontro, as entidades presentes assumiram o compromisso em fortalecer o Fórum Estadual pela Democratização da Comunicação em Mato Grosso e participar da campanha de coleta de assinatura pelo Projeto de Iniciativa Popular por Mídia Democrática.

Os participantes apontaram uma nova reunião para estabelecer estratégias e ações para atingir essas metas. A reunião foi marcada para quarta-feira (17), às 18h, no auditório do Sintep/MT (Rua Mestre João Monge Guimarães, n.º 102, Bandeirantes).

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