Servidores e servidoras do Instituto Nacional e Reforma Agrária (Incra) de Mato Grosso realizaram hoje de manhã, 16, Assembleia Geral Extraordinária para rejeitar ou aprovar a nova proposta de reestruturação do órgão. Participaram servidores da Superintendência Regional de Cuiabá e Unidades Avançadas (UA). Com total de 60 votantes, por 37 votos a favor, 20 contra e 3 abstenções, foi aprovada a contraproposta elaborada pela Condsef/Fenadsef, Dieese e representantes do Departamento de Agricultura e Reforma Agrária (Dara).
Agora é aguardar o resultado nacional e caso a maioria aprove, a Condsef/Fenadsef vai negociar com o MGI para reabrir a mesa de negociação temporária e específica, já que o Ministério de Gestão praticamente tinha encerrado os entendimentos.
De acordo com a Condsef, a nova proposta busca resolver questões como a melhoria da proporção salarial entre Vencimento Básico (VB) e a gratificação de desempenho (GDARA); melhoria da remuneração dos servidores de cargos de nível médio e de nível auxiliar; e isonomia salarial entre as carreiras de Reforma e Desenvolvimento Agrário e a de Perito Federal Agrário. (Com Sindsep-DF)
Foi realizada ontem, 01/07, Assembleia Geral Extraordinária com servidores ativos e aposentados do Incra-MT, em sua sede, no Centro Político Administrativo. Servidores das unidades avançadas participaram remotamente. Por unanimidade foi rejeitada a proposta apresentada pelo Ministério da Gestão e da Inovação em Serviços Públicos (MGI) na 4ª reunião da mesa específica e temporária e considerada como “proposta final”.
Após debates intensos, com 57 servidores presentes e 9 online, a maioria decidiu pelo início da greve a partir da próxima segunda-feira, 8. Também foram formadas duas comissões, sendo uma para comando de greve e outra para apoio político.
O presidente do Sindsep-MT, Carlos Alberto de Almeida, disse “que diante da propositura ‘final’ do governo, foi criado um grupo para analisar a tabela para que a gente tome uma decisão com bastante transparência e o que for decidido nesta assembleia é o que estaremos encaminhando para a Condsef/Fenadsef que por sua vez encaminhará até o MGI”, disse.
O grupo de estudo disse que o governo desconsiderou o trabalho que foi realizado por eles, juntamente com o Dieese e apresentou outra tabela, totalmente fora dos parâmetros da realidade. “Se o salário do Incra é ruim para o nível superior, para o nível médio é péssimo, é simplesmente ridículo o nosso salário”, disse um servidor.
“O pessoal do nível médio precisa se posicionar diante do movimento e ver o que queremos, qual o mínimo que vamos aceitar e vamos deixar de lado o discurso de que a reforma agrária vai parar. A reforma agrária já parou há muito tempo, estão tentando retomar ela”.
“A contraproposta dos servidores do Incra é aquela inicial e vamos avaliar como vai prosseguir esta negociação, principalmente com os trabalhadores nível médio. Nós somos a grande força deste movimento e a superintendência que mais arrecada no Brasil (cerca de 25 milhões por ano de receitas pagas através da Guia Recolhimento da União-GRU)”, complementou outro servidor.
Outra ação a ser desenvolvida pelos servidores é política, pois se o órgão para, deixa de emitir GRU e títulos, ela gera impacto na sociedade refletindo diretamente nas eleições municipais. “Temos que mostrar quem somos nós para o governo”, disse o trabalhador. (Fotos: Mário Hashimoto/Sindsep-MT) Mais fotos: www.facebook.com/sindsepmt
Na data em que é comemorado o Dia Nacional da Liberdade de Imprensa, a Condsef/Fenadsef sai em defesa da democratização e da regulação das plataformas digitais e da mídia corporativa brasileira, pelo fortalecimento da comunicação sindical a serviço da luta pelos direitos dos trabalhadores e trabalhadoras do país. Vale lembrar que no último dia 28, o Congresso reacionário manteve veto a dispositivo que criminalizava a disseminação de fake news em eleições, em projeto sobre os crimes contra o Estado Democrático de Direito.
A regulação das mídias, sobretudo das plataformas digitais, segue enfrentando ampla resistência de setores conservadores do país que rejeitam a adoção de medidas que protegem a sociedade brasileira contra abusos promovidos por empresas. Contudo, é a regulação que garante a diversidade e a pluralidade de ideias, ao mesmo tempo em que promove a transparência nas redes sociais e nos serviços de mensagens privadas, além de responsabilizar os provedores pelo combate à desinformação.
A comunicação sindical também é um importante instrumento da classe trabalhadora para a defesa de direitos e o combate às fake news. Promove a organização, a mobilização e a formação política, divulga as lutas e conquistas dos movimentos da classe, e combate as ideias liberais dos setores hegemônicos da comunicação, totalmente subordinados aos interesses do mercado e das elites econômicas do país.
Em um cenário de desvalorização dos trabalhadores, promovido pelos "donos" da mídia, a comunicação sindical se torna ainda mais relevante.
Desde sempre, os servidores públicos sofrem os mais variados ataques da grande mídia, que além de se recusar a reconhecer a importância dos serviços públicos para todo o conjunto da sociedade, dissemina inverdades sobre as condições de vida e de remuneração da maioria do funcionalismo.
Para ajudar a reverter esse quadro, a Condsef/Fenadsef conclama toda a sua base filiada a reforçar as redes de comunicação sindicais, tarefa fundamental para o fortalecimento da luta dos trabalhadores e das trabalhadoras no setor público.
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