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O Sindsep-MT recebeu, assim como a mídia local, denuncia relatando que recém-nascidos do Hospital Universitário Júlio Müller (HUJM), que é administrado pela Empresa Brasileira de Serviços Hospitalares (Ebserh) estão permanecendo na sala cirúrgica sem acompanhamento de pediatra ou especialista, mantendo um técnico de enfermagem que recebeu treinamento de apenas 1 hora.
O superintendente Reinaldo Gaspar, que assumiu o hospital há apenas duas semanas, admite que a UTI Neonatal não tem leitos suficientes e que há superlotação, mas que quando a gestante chega ao hospital ela é acolhida. Ele nega que não haja pediatras de plantão.
“Não vamos deixar em momento algum que nossas restrições comprometam a saúde da população, mas estamos com muitos limites. Já é um problema crônico por sermos referência de gestações de alto risco, desabafa.”
PREMATUROS - “Nós temos 10 leitos contratualizados. Mas se nascem 11º, 12º, onde nós vamos coloca-los? Na verdade, a falta de leitos de UTI Neonatal é no estado como todo. Porque a gente pede a regulação, mas muitas vezes demora. Têm bebês que nascem prematuros e não podem ser transferidos pelo risco de lesões cerebrais. Então se ele é muito pequeno, não pode sair e a gente tem que dar um jeito de arrumar uma vaga na UTI daqui”, disse uma funcionária da Ebserh.
“Nós não trabalhamos de acordo com o que seria ideal, com os outros hospitais também recebendo gestantes de alto risco para que a gente possa estar atendendo a todos. O problema é que hoje nós temos uma restrição de espaço físico, pois não podemos aumentar o número de leitos e nem a contratualização, sem contar que outros hospitais também estão sobrecarregados”, diz Reinaldo.
Ainda segundo ele, não é um problema pontual do hospital, mas às vezes eclode porque se espera muito do Júlio Müller. E não é por falta de médicos e nem de equipe de enfermagem, é que dentro da capacidade do HU, o nível máximo foi atingido, diz o superintendente. “O Júlio Müller é referência só que nós precisamos hoje de apoio, de suporte, de recursos para podermos melhorar as condições de trabalho aqui. Não que esteja aquém daquilo que a gente faz, mas nós precisamos fazer mais.”
Sobre o recém nascido que foi alvo de denúncia, ele foi transferido para fazer a correção do esôfago e depois vai para fora do estado para fazer a questão cardíaca. Nesse caso ele precisa de um especialista em cardiologia e o HUJM não tem.
Ainda segundo Reinaldo Gaspar, muitas vezes as pessoas veem a situação à distância e acha que o problema está na gestão que está começando agora ou na antiga ou na transição. “Não é nada disso. A gente está fazendo uma transição segura, mas trabalhando no limite. E esse limite nos sobrecarrega muito, traz uma série de desconforto que a gente nem consegue planejar adequadamente a transição aqui no hospital. A gente precisa de apoio, de recursos, de suporte agora, inclusive de emendas parlamentares para resolvermos problemas crônicos”.
NOTA DO HOSPITAL HUJM
O Hospital Universitário Júlio Müller (HUJM-UFMT), integrante da Rede Ebserh, informa que atualmente está com o número de internações de Obstetrícia em Gestação de Alto Risco, de Unidade de Terapia Intensiva Neonatal e de Cuidado Intermediário acima da capacidade operacional e em aguardo das transferências dos pacientes excedentes pela Central de Regulação.
Em relação ao caso especificado, o bebê em questão está tendo todo o atendimento com equipe e equipamentos necessários, enquanto aguarda a transferência pela Central de Regulação para um leito de UTI Neonatal. O HUJM toma todas as providências necessárias e reafirma seu compromisso em garantir o atendimento de qualidade esegurança aos pacientes. Atenciosamente, Hospital Universitário Júlio Müller (HUJM-UFMT/EBSERH).
Max Leno, da subseção do Dieese, fez palestra interessante e atual, “segurando” a plateia atenta por mais de duas horas. O economista fez um comparativo sobre as propostas da Condsef/Fenadsef com a do governo federal. Falando uma linguagem mais popular e não tanto “economês”, os temas criação, estruturação e reestruturação chamaram atenção pelo fato de atingirem diretamente os servidores. Para quem foi e assistiu, saiu entendendo mais sobre o que esperar do governo e ficar atento.
A diretora do Sindsep-MG e também da Condsef/Fenadsef, Jussara Griffo, elogiou a conjuntura e a pauta dos servidores do nosso congresso que aconteceu entre os dias 5 a 8 de novembro de 2024, no auditório do Hotel Fazenda Águas Quentes, em Santo Antônio de Leverger (MT).
O secretário-geral da Condsef/Fenadsef, Sérgio Ronaldo da Silva, participou da maior instância deliberativa da nossa entidade, o XIV Consindsep e falou, especialmente para o Sindsep-MT, sobre as impressões gerais do nosso congresso. Sérgio também falou sobre as negociações com o governo federal, onde foram finalizados vários acordos. Mas alertou sobre a negociação coletiva no serviço público, sobre o direito de greve e a data-base dos servidores, que ainda precisam ser aprovados no Congresso Nacional.
O presidente da CUT-MT, Henrique Lopes, participou da maior instância deliberativa da entidade, o XIV Consindsep, que foi realizado no Hotel Mato Grosso Águas Quentes. Confira seu depoimento.
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