Sábado, 4 de  maio de  2024 

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Uma senhora quase tricentenária

 A capital completa 296 anos. Povo acolhedor, culinária fascinante. Porém, sempre tem um porém, é mal cuidada pelos governantes

 

Há quase três centenários, Cuiabá tem acolhido muita gente de fora, oferecendo entre outras coisas, sua rica culinária gastronômica, sua cultura e suas belas paisagens.
A origem do nome ninguém sabe ao certo. Uns dizem que vem da palavra bororo ikuiapá, que significa "lugar da ikuia" (ikuia: flecha para pescar e pá: um lugar, logo, um lugar para pescar). Outra hipótese é de que Cuiabá seria uma aglutinação de kyyaverá (que em guarani significa "rio da lontra brilhante") em cuyaverá, depois cuiavá e finalmente Cuiabá.

A história da cidade começou a surgir durante as expedições de bandeirantes em busca de índios e minas de ouro, na época colonial, no século 17. Em 8 de abril de 1719, Pascoal Moreira Cabral assinou a ata de fundação de Cuiabá num local conhecido como Arraial da Forquilha. Em 1º de janeiro de 1727, Cuiabá é elevada à vila passando a se chamar Vila Real do Senhor Bom Jesus de Cuiabá e elevada à cidade em 17 de setembro de 1818 tornando-se capital do estado em 28 de agosto de 1835.

Pequena e pacata, Cuiabá começou a progredir a partir dos anos 70. De lá pra cá a pequena cidade foi se desenvolvendo cada vez mais. Gente que veio apenas visitar, comeu cabeça de pacú e por aqui ficou. Casou-se com um (a) cuiabano (a) e uma família construiu. Quem vem, não quer voltar. Mas o que é que Cuiabá tem de tão bom além do povo hospitaleiro e uma culinária de dar água na boca? Talvez seja só isso, mas não é. Embora a Capital seja uma das mais quente do país (e não tem praia natural), o trânsito já comparado com as grandes metrópolis, entre outros problemas corriqueiros de uma cidade, a hoje populosa Cuiabá encanta muita gente.

Há muitas opções na região, onde apreciar belezas naturais como Chapada dos Guimarães, que nos enche de energia com suas cachoeiras e lindas paisagens. Andando mais um pouco a gente vai até Nobres, um dos lugares mais encantadores do país, onde é possível se deparar com um aquário natural, de tão clara que a água é. Não tão distante tem Jaciara, um município que é referência nos esportes radicais. O que falta para esses encantados lugares é investimentos na área, para atender melhor a população.

Cuiabá quase tricentenária. Aqui na Capital é possível fazer  um tour maravilhoso e apreciar o centro histórico e suas maravilhosas igrejas centenárias. Há também os parques Mãe Bonifácia e Massairo Okamura, que possibilita momentos agradáveis junto a natureza. E para quem quer respirar cultura, é só se deslocar até o Sesc Arsenal, onde há diversas opções que são oferecidas gratuitamente à população, como o bulixo, cinema, museus, teatro, musica, exposições, cursos e muito mais. Tem também muito artesanato, o raqueado e o siriri cururu, cultura popular de Mato Grosso.

Cuiabá é agitada. A vida noturna da Capital é de segunda à segunda. Bares para quem quer curtir música ao vivo de boa qualidade, mais calmo ou agitado, como as famosas Praça da Mandioca e Popular.
Nesses 296 anos, os 575.480 (segundo o último censo do IBGE) habitantes só tem a desejar uma Cuiabá cada vez mais calorosa, de um bom lugar para se viver.

O lado ruim - É só olhar ao redor da cidade e não vai demorar muito para perceber que a capital mato-grossense está praticamente esquecida pelos governos. Cuiabá foi uma das subsedes da Copa do Mundo. A expectativa era boa, mas só deu zica!  Desfloramento das paisagens principalmente por causa do malfadado Veículo Leve sobre Trilhos (VLT) que só Deus sabe quando irá ficar pronto, se é que vai ficar, obras inacabadas que só causam transtornos para a população no dia a dia, como é o caso das trincheiras e viadutos. Mas isso não é tudo. O transporte público é altamente deficitário, com ônibus mais parecendo sucatas e a tarifa é uma das mais caras do país, sem falar que no ítem segurança pública, como no resto do país, é falho.

Ainda assim, parabéns, Ikuiapá!

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