Segunda-feira, 23 de  dezembro de  2024 

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Concordando que proposta do governo é inaceitável, fórum dos federais convoca categoria para mobilização nacional no dia 7

A Condsef participou neste domingo, 28, de reunião ampliada do Fórum das Entidades Nacionais dos Servidores Públicos Federais (Fonasef) que reúne 22 entidades representativas do conjunto de servidores das três esferas (Executivo, Legislativo e Judiciário). Após extenso debate envolvendo o reajuste de 21,3% em quatro anos, apresentado no último dia 25 pela Secretaria de Relações do Trabalho (SRT) do Ministério do Planejamento, as entidades concordaram não ser possível aceitar uma proposta considerada insuficiente, insegura e, portanto, inaceitável. Um dia nacional de mobilização foi confirmado para 7 de julho, data apontada pela SRT para uma nova rodada de negociações com os servidores.

Na reunião, representantes da quase totalidade dos servidores federais aprovaram também o fortalecimento de greves já em curso e a ampliação da mobilização dos demais setores durante o mês de julho. Para auxiliar neste trabalho o Fonasef aprovou a criação de um comando nacional de mobilização e greve que já tem uma reunião agendada nesta segunda, 29, às 19 horas na sede da Condsef, em Brasília. Há um entendimento geral de que somente por meio de mobilização, unidade e forte pressão a categoria será capaz de garantir que avanços ocorram nesse contexto onde o governo impõe uma proposta extremamente desfavorável aos trabalhadores. O fórum também aponta uma marcha unificada dos federais para a 2ª quinzena de julho. A data desta atividade será definida na próxima reunião ampliada do Fonasef.

Greve geral não está descartada – Neste sábado, 4, a Condsef realiza a plenária nacional da maioria dos servidores do Executivo que corre contra o tempo para promover assembleias nos estados e trazer para Brasília a avaliação deste cenário de negociações. Um indicativo de greve para julho, aprovado por unanimidade na última plenária da Condsef, está mantido e volta a ser discutido nessa próxima plenária. Setores da Educação, Judiciário e Previdência Social já estão em greve com o objetivo de pressionar o governo a dar uma resposta efetiva a pauta de reivindicações dos federais. Os servidores também buscam a realização de uma audiência pública na Câmara dos Deputados e no Senado Federal para tratar a pauta da Campanha Salarial 2015.

Um entendimento da maioria é de que não se pode permitir que a categoria sofra mais uma vez os efeitos de um ajuste fiscal. Dados mostram que, nos últimos anos, os investimento de pessoal - que já possuem critérios rígidos de limite previstos na Lei de Responsabilidade Fiscal - estão mais que controlados. A luta também deve alcançar os demais trabalhadores numa perspectiva de dialogar com as centrais sindicais a necessidade de se construir uma greve geral contra a política de ajuste fiscal que apenas penaliza a classe trabalhadora.

A redução de investimentos no setor público acarretará consequências diretas na precarização ainda mais grave dos serviços públicos. Serviços esses que são foco constante de protestos por grande parte da população que pede qualidade e eficiência no atendimento público em saúde, educação, segurança, infraestrutura e tantos outros serviços essenciais que são obrigação do Estado fornecer.

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