A Plenária Nacional da Condsef, realizada no dia 4 deste mês, decidiu o que já era esperado pelos servidores federais. Rejeitou por unanimidade a proposta do governo de reajuste de 21,3%, escalonado em 4 anos, a partir de 2016. Esse aumento sequer repõe a inflação do período que segundo o Dieese é de 27,3%, sem constar que o pagamento escalonado não prevê reposição da inflação futura e é considerada por sindicalistas como um confisco salarial.
Além de insegura, os servidores avaliam que a proposta de reajuste em quatro anos feita pelo governo é incompleta. Sem ficar claro onde esses percentuais incidiriam (VB, gratificações ou remuneração total), muitas demandas da pauta dos federais, apresentada ao Planejamento em fevereiro, não tiveram retorno do governo que atrelou a apresentação de outras propostas à aceitação da categoria a esse percentual de 21,3% .
A plenária aprovou também um calendário de luta para este mês, inclusive a deflagração de greve nacional caso não seja apresentada uma proposta aceitável por parte do governo. No dia 7 houve uma reunião entre a SRT e representantes do Fórum das Entidades Nacionais dos Servidores Públicos Federais (Fonasef). Apesar da sinalização positiva com relação ao debate de outras pautas importantes para a categoria, nenhuma proposta concreta foi apresentada. A SRT pré-agendou uma nova reunião com o conjunto dos federais até o dia 21 de julho, apesar da insistência dos representantes da categoria para que o encontro acontecesse já na próxima semana
No dia 17, o Conselho Deliberativo de Entidades (CDE) se reúne e no dia seguinte, 18, acontecerá uma nova Plenária Nacional da Condsef. Já para o dia 22, caso não haja acordo salarial, início da greve nacional e Marcha a Brasília.
Arrocho salarial - Em negociação desde março, a proposta apresentada pelo secretário de Relações de Trabalho do Ministério do Planejamento (SRT/MP), Sérgio Mendonça, no mesmo dia (25/06) em que eram realizadas manifestações por todo país, deixou os servidores ainda mais exaltados. E foi além, condicionando a correção dos benefícios como saúde alimentação, auxílio creche e assistência à saúde, à aceitação dos índices apresentados.
Para sindicalistas, o governo federal perdeu a chance de fazer um acordo plausível, que reponha as perdas salariais dos últimos anos. É imprescindível a participação do maior número de servidores em todas as atividades elaborada pela Condsef para que o movimento grevista deste ano seja efetivamente maior que a de 2012.
O presidente do Sindsep-MT, Carlos Alberto de Almeida, disse que “o momento exige coesão entre os trabalhadores na luta pelo atendimento das demandas mais urgentes. Desde o início das negociações, o sindicato tem feito reuniões na capital e interior, expondo a proposta do Executivo e conclamando unidade e pressão intensa, pois somente assim garantiremos avanços esperados pela maioria dos servidores públicos federais”. (Com Condsef)
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