Segunda-feira, 23 de  dezembro de  2024 

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Na praça e no banco: Servidores em greve protestam contra proposta de reajuste salarial e apoia campanha por mais empregados na Caixa Econômica Federal

 

Convocados pelo Sindicato dos Servidores Públicos no Estado de Mato Grosso (Sindsep-MT), servidores em greve desde o dia 3 realizaram na manhã de hoje, uma manifestação na praça Alencastro, centro de Cuiabá, contra a política fiscal do governo federal, mais conhecido como “Plano Levy”. A proposta indecente da SRT/MPOG, de 21,3%, escalonada em 4 anos foi rejeitada pela maioria, por não repor a inflação e nem recompor as perdas acumuladas nos últimos anos. Em assembleia geral realizada no dia 27/07, servidores de Mato Grosso disseram não a essa proposta e querem debater a reposição de perdas passadas e buscar redução do prazo de 4 anos considerado muito longo.

Segundo Confederação dos Servidores Públicos Federais (Condsef), até o momento, a paralisação de atividades da maioria dos servidores do Executivo já atinge 15 estados (AC, AP, CE, MG, MT, PA, PR, RJ, RN, RO, RR, SC, SE, TO e SP). Com o tempo limitando cada vez mais o processo de negociações, somente um intenso movimento de unidade e pressão poderá mudar essa lógica imposta pelo governo.

Na manifestação, o presidente do Sindsep-MT, Carlos Alberto de Almeida alertou os servidores de órgãos que ainda não aderiram à greve, que o governo federal tem até o dia 21 deste mês para enviar ao Congresso Nacional, projetos de lei que resultarem possíveis acordos. “A hora de entrar em greve é agora, pois algumas repartições estão esperando o resultado das negociações com a SRT, mas o resultado todos nós sabemos. O governo não vai abrir mão dos 21,3% em 4 anos. Não podemos perder tempo em realizar assembleias em cima da hora e decidir pela paralisação perto do prazo final.” O Comando Estadual de Greve continua se reunindo com servidores que ainda não entraram em greve.

Mais Caixa - O protesto dos SPFs se estendeu até a agência central da Caixa Econômica, onde bancários estavam realizando o Dia Nacional de Luta por Contratação Urgente. Alertaram para a falta de funcionários e a sobrecarga de trabalho, uma realidade em todas as unidades do banco.

Quem relata sobre o agravamento da situação é o bancário Eduardo Alencar, 41 anos. Para ele, com a implantação este ano do Plano de Apoio à Aposentadoria (PAA), a instituição já desligou mais de 3 mil empregados e até agora não fala nada sobre reposição desse quadro e ao mesmo tempo milhares de pessoas aprovadas em concurso aguardam convocação.

“O número de empregados da Caixa caiu de 101 mil para 98 mil de janeiro a junho deste ano, tendo como meta chegar a 95 mil até o final do ano. O resultado não podia ser diferente, como agências cheias, metas em cima de metas, descontentamento e clientes insatisfeitos.”

Eduardo acrescenta que a Caixa já foi condenada pelo Ministério Público do Trabalho em Mato Grosso, a pagar R$ 1 milhão de indenização por danos morais coletivos por extrapolar a jornada de trabalho dos seus empregados além do limite máximo de duas horas diárias. (Com Condsef)

 

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