O governo voltou a frustrar os servidores federais que aguardavam para essa semana uma resposta sobre proposta alternativa ao índice de 21,3% dividido em quatro anos, que cristalizou o processo de negociações na Secretaria de Relações do Trabalho (SRT) do Ministério do Planejamento. Alegando dificuldades em conciliar as agendas entre o Planejamento e a presidente Dilma Rousseff, a SRT informou que possivelmente uma resposta deve ser apresentada na segunda, 24. Com o processo de negociações cada vez mais comprometido também pelos prazos legais para envio de propostas ao Congresso Nacional – proposta com previsão orçamentária para 2016 devem ser enviadas até o dia 31 deste mês – a ofensiva de mobilização em todo o Brasil deve ser máxima nessa próxima semana. A Condsef está convocando uma plenária nacional de sua base para a próxima sexta, 28.
Diversas categorias da base da Condsef, maioria do Executivo Federal, estão em processo intenso de mobilizações e paralisações para garantir proposta que considere perdas acumuladas pelos trabalhadores nos últimos anos; incluindo 2015 que já tem previsão inflacionária próxima dos 10%. Para pressionar o governo e alterar o cenário que empurra o índice que não trás qualquer garantia de reposição de perdas já acumuladas pela categoria, diversas categorias seguem em processo de paralisação e mobilização em todo o Brasil. A Condsef já registra paralisação de atividades de diversos setores de sua base em 18 estados e no Distrito Federal.
Unidos aos servidores do Judiciário, INSS, professores e técnicos das Universidades, somam forças ao movimento de pressão dos servidores por um fim aos impasses instalados na mesa de negociações no Ministério do Planejamento servidores do Ministério do Trabalho e Emprego (MTE), Saúde Indígena, Funasa, INPI, Agricultura, Funai, Ibama, Iphan, Incra, Instituto Evandro Chagas, administrativos fazendários, da AGU e também da PRF, Sesai, Dnocs, Ipen e outros em todas as regiões do País. A Condsef segue recomendando aos servidores de sua base que reforcem as mobilizações nos estados, ampliem os movimentos de paralisação em seus locais de trabalho. Sem luta dificilmente serão alcançados os avanços esperados. “Historicamente a consolidação de conquistas e manutenção de direitos é feita com muita resistência e não será diferente agora”, reforçou o secretário-geral da Condsef, Sérgio Ronaldo da Silva. “A pressão deve ser permanente e é fundamental nesse momento”, diz.
Esse cenário desfavorável exige que os servidores intensifiquem o processo de mobilizações se quiserem conquistar avanços e destravar os impasses instalados no processo de negociações. Com o tempo limitando cada vez mais o processo de negociações, somente um intenso movimento de unidade e pressão poderá mudar essa lógica imposta pelo governo.
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