Assim que o presidente interino Michel Temer assumiu, foi anunciada a decisão de unificar os ministérios da Educação e Cultura em um só. A classe artística chamou essa atitude de estúpida e inconsequente. Em carta enviada ao presidente, artistas de diversas áreas reagiram ao fim do Ministério da Cultura e demonstraram grande preocupação com o futuro da arte no país. O texto apresentava o histórico da importância da pasta e apontava perdas irreparáveis para a cultura nacional.
“É por tudo isso que o anunciado desaparecimento do Ministério da Cultura é considerado pela classe artística como um grande retrocesso”, escrevem os artistas na carta. Em outro trecho diz: “A economia que supostamente se conseguiria extinguindo a estrutura do Ministério da Cultura, ou encolhendo-o a uma secretaria do MEC, é pífia e não justifica o enorme prejuízo que causará .
OCUPA IPHAN – Diante da medida da presidência da República e seguindo a mobilização nacional, em Cuiabá, artistas, produtores, jornalistas e movimentos sociais ocuparam no dia 17 de maio a sede do Instituto de Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (Iphan), ligada ao MinC. A concentração começou na praça Alencastro na parte da tarde e logo após marcharam até a repartição e ocuparam de forma pacífica, com o cuidado de preservar o acervo do local, também tombado como patrimonio histórico.
MINC RECRIADO – Em mais uma dessas ecolubrações poéticas, eis que o Michel Temer, presidente interino, resolve recriar o MinC, mais pelas pressões da classe. Através de uma medida provisória editada no dia 23 e posse do novo ministro da Cultura, Marcelo Calero, no dia seguinte, Temer tenta acalmar os ânimos dos artistas e buscar um fôlego na sua curta e desastrada administração. Vale ressaltar que cinco mulheres: a antropóloga Cláudia Leitão, a consultora de projetos culturais Eliane Costa, a atriz Bruna Lombardi, a cantora Daniela Mercury e a jornalista e apresentadora Marília Gabriela disseram um NÃO ao convite de Temer para assumir o ministério.
FORA TEMER – A produtora cultural Lóris Canhetti, do Mídia Ninja, disse que as ocupações não foram apenas pelo fim do MinC (agora recriado), mas também pelo não reconhecimento do presidente interino Michel Temer. “Não sabemos o que virá agora. Como será a Cultura daqui em diante, como será o orçamento. O Temer apenas recriou o MinC, mas e daí?”, diz Canhetti que também se diz preocupada com as parcerias como os Pontos de Cultura implantados em várias partes do país e do Programa Cultura Viva, iniciativas reconhecidas em vários países do mundo.
A tomada pacífica contou com a simpatia dos servidores do Iphan que não tiveram seus trabalhos interrompidos. O Sindsep-MT, através do seu presidente Carlos Alberto de Almeida, compareceu no Instituto e manifestou total apoio aos funcionários, artistas e à ocupação ordeira. Na segunda-feira, dia 30, os integrantes do #OcupaMinCMT deixaram a sede do Iphan, já partindo para novos embates, como ministrar oficinas e conversar com os estudantes que ocupam as escola de Cuiabá e Várzea Grande em protesto contra a privatização do ensino público que o governador Pedro Taques quer implantar.
RESTAURAÇÃO – Outro grande problema é a paralisação das obras de restauração que estão ocorrendo no centro histórico de Cuiabá. Segundo o servidor do Iphan, José Olímpio, isso se deve a atraso no repasses do governo federal na ordem de R$ 10,5 milhões para revitalizar praças e sete casarões, incluindo o próprio Instituto. Com o governo interino, a perspectivas
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