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XII Concondsef: Unificar para combater os desmandos do governo golpista

 

Cuiabá sediou entre os dias 3 e 8 de dezembro, o XII Concondsef, principal instância deliberativa dos servidores federais, que reúne cerca de 80% do Executivo Federal. Nos cinco dias na capital mato-grossense foram discutidos a conjuntura nacional e temas que preocupam os servidores, como a PEC 55. A Reforma da Previdência passa a ser também um desafio, que ataca direitos legítimos da classe trabalhadora. Na abertura, o professor de música da UFMT Abel dy Anjos, com sua viola de cocho, tocou várias canções da MPB, músicas regionais e também o Hino Nacional Brasileiro que foi acompanhado por mais de 1.500 delegados de todo o país.

 

O XII Concondsef assumiu a tarefa de organizar a categoria para a luta e o enfrentamento a um governo disposto a tocar uma agenda que penaliza trabalhadores mas poupa alguns setores privilegiados. Toda atenção é necessária nesse momento. Mais do que nunca, em cenários assim de graves ataques a direitos, todos os trabalhadores devem estar unidos e constantemente mobilizados.

 

O evento contou com a presença de Sérgio Nobre, secretário-geral da CUT nacional, que destacou o momento difícil que vivemos. Para ele, o povo não vai abrir mão da conquista de direitos e deve reagir aos ataques que vem sendo impostos por um golpe que quer interromper avanços da classe trabalhadora. Participaram da mesa de abertura, Carlos Alberto de Almeida, presidente do Sindsep-MT e anfitrião do Congresso, Sérgio Ronaldo, secretário-geral da Condsef, João Dourado, presidente da CUT MT, as diretoras da Condsef Sandra Lúcia, Jussara Griffo, Neide Solimões e os diretores Josemilton Costa e Pedro Armengol.

DIAP/DIEESE – O segundo dia do XII Concondsef, trouxe como destaque a participação de representantes do Diap, Antônio Augusto de Queiroz, e do Dieese, Max Leno de Almeida. Abordando temas do atual cenário político e econômico que podem interferir profundamente na vida da classe trabalhadora. Max apresentou números que sinalizam os riscos da PEC 55/16 não só para os servidores como para toda a população brasileira que paga impostos e depende de serviços públicos e Toninho lançou um desafio aos representantes da maioria dos servidores federais: deixar as fases de ser do contra e reivindicar para avançar na formulação efetiva de propostas.

Pensando nesse desafio, os mais de 1.500 servidores se dividiram em dez grupos de discussão. As propostas que alcançam mais de 20% de aprovação em cada grupo foram levadas para votação no plenário.

O próximo período será intenso para a luta da classe trabalhadora por direitos e avanços em suas demandas. O redimensionamento do papel do Estado está na ordem do dia da política nacional brasileira, ocasionada por essa reconfiguração do cenário político que se deu a partir do golpe na democracia. “Vivemos um momento delicado. Se o papel do Estado e a influência que ele tem em nossas vidas não forem compreendidos não conseguiremos reagir como necessário”, alertou Antônio Augusto, do Diap. Ele destacou que este governo instalado adotou uma agenda do mercado que vem sendo implantada com rigor absoluto. Preocupa a lista de matérias aprovadas e que são péssimas para a população. A intenção de aprovar a PEC 55 – que já está na última fase no Senado – é o próximo grande passo dessa agenda.

Estado x Família – Uma das críticas à PEC do Fim do Mundo é justamente o fato de ela ser aparentemente neutra, mas trazer uma perversidade em seu conteúdo. Um exemplo do perigo dessa neutralidade está na comparação que tentam fazer entre Estado e família. Enquanto uma família enfrenta uma crise cortando despesas financeiras, o alerta feito pelo Diap é que a PEC 55 não propõe esse corte. O Estado vai seguir pagando juros da dívida pública que só ano passo consumiu mais de R$ 500 bilhões de nosso orçamento. “Enquanto não corta o pagamento do rombo dessa dívida, congela despesas com serviços voltados para a população. Mas as pessoas vão continuar tendo suas demandas junto ao Estado. Enquanto a população cresce, o recurso para e isso não pode ser permitido”.

Eleição - Os desafios para o próximo período são muitos. Para enfrenta-los a categoria elegeu uma nova direção que irá ficar à frente da Confederação no próximo triênio (2017/2020). Essa composição será a responsável por tocar a luta da categoria. Três chapas disputaram as eleições. A Chapa 1 “Condsef para lutar” obteve 211 votos. A Chapa 2 “Condsef autônoma e independente” ficou com 401 votos. E a Chapa 3 “Unidade na luta. Nenhum direito a menos” conquistou 840 dos votos.

Unificar e organizar - Sobre o XII Concondsef, Sérgio Ronaldo, que foi reconduzido ao cargo, disse que foi politicamente positivo “porque conseguimos sair com a maior unificação do campo CUTista, para organizar a resistência contra a grande retirada de direitos da classe trabalhadora. A unidade em prol de uma pauta única que foi aprovado neste Congresso com relação ao plano de lutas é enfrentar e resistir com todo empenho contra toda essa dinâmica que está vindo deste governo golpista. O desafio está lançado, agora é a gente organizar as demandas, somar-se com as demais entidades que estão também nesta mesma trincheira. Neste Congresso foram tiradas resoluções claras, objetivas e com o seguinte foco: resistir ao desmonte que está aí, incrementado pelo governo ilegítimo”.

Sérgio destacou também a estrutura, quando alguns duvidavam da capacidade de Cuiabá sediar um evento de grande porte e a receptividade do povo cuiabano, principalmente por parte dos funcionários do Sindsep-MT, que valorizou ainda mais o encontro. “Entramos grande e estamos saindo maiores. Isso tudo nos dá condições reais para que a gente tenha muita musculatura para enfrentar todo esse desafio no dia a dia”. (com Condsef)

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