Quarta-feira, 14 de  maio de  2025 

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A reforma da Previdência é ampla e beneficia o grande capital

A palestrante Andréia Ferreira, do escritório regional do Dieese em Mato Grosso do Sul

 

Foi realizado no dia 9, no auditório do Sindicato dos Trabalhadores do Ensino Público de Mato Grosso (Sintep-MT), a 13ª Jornada Nacional de Debates, promovido pelo Dieese e Centrais Sindicais do Estado. O tema, como não poderia deixar de ser, foi a Reforma da Previdência. O evento contou com a presença de integrantes do Sindsep-MT.

A palestrante Andréia Ferreira, do escritório regional do Dieese em Mato Grosso do Sul fez um relato pontuando os malefícios da PEC 287 que atingirá a todos os trabalhadores. Segundo ela, hoje ao passar dos 45 anos já está difícil encontrar postos no mercado de trabalho e aí vem uma proposta absurda que vai atingir quem ainda não nasceu, de quem está na ativa e está atingindo também os aposentados de agora.

“Todos os benefícios, hoje temos quatro, e com a Reforma da Previdência, um vai ser eliminado e isso vai prejudicar muito o acesso das pessoas à aposentadoria. Ela vai retardar o período de aproveitar a aposentadoria, ela reduz substancialmente o valor dos benefícios especialmente ao desvincular do salário mínimo”. Segundo Andréia, “a gente sempre ouve falar do salário mínimo que os empresários tanto reclamam por inviabilizar os negócios, que o direito trabalhista é muito oneroso, mas só para a gente ter uma noção, o salário mínimo necessário que é apontado mensalmente pelo Dieese, inclusive em Cuiabá, deveria ser de R$ 3.600,00".

Ela alega que existe um decreto constitucional que está até hoje em vigor e ele determina que o salário mínimo deveria cumprir as necessidades do trabalhador em relação a moradia, alimentação, saúde, educação, lazer, vestuário e previdência social.

Como está bem explicito, essa reforma é ampla e extremamente prejudicial para os trabalhadores de hoje e do futuro. O governo tem feito uma opção por um ajuste restritivo para quem mais precisa da ação do Estado, que é a população trabalhadora. “Ele tem beneficiado o grande capital. O salário mínimo deixa de ser o piso da Previdência e da Assistência. A mídia tem falado sucessivamente da reforma da Previdência. Só que ela não mexe unicamente com a Previdência. Vai afetar substancialmente a assistência social. O que está posto é o fim de todo esse sistema. Ele desvincula o salário mínimo, isso significa dizer que o governo pode pagar menos, propõe a progressão da idade mínima para 65 anos, fim do 13º pagamento, além de não ser transmissível, não vai virar pensão, não vai para o dependente. Quando a pessoa vier a óbito, encerra-se o benefício”.

João Dourado, presidente da CUT Mato Grosso (esq)

 

Integrantes da diretoria do Sindsep-MT participaram da 13ª Jornada Nacional de Debates

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