Representantes de várias categorias do serviço público federal participaram, na tarde desta quarta-feira, 31 de maio, da reunião do Fórum Nacional dos Servidores Federais, que aconteceu em Brasília. Inicialmente, os sindicalistas avaliaram a grande mobilização dos trabalhadores, ocorrida no dia 24 de maio, no Ocupa Brasília, que reuniu cerca de 200 mil pessoas, entre elas milhares de servidores públicos. Os participantes consideraram o ato como o maior da classe trabalhadora até agora e aprovaram o engajamento do funcionalismo na nova greve geral que está sendo organizada para o final de junho. Ficou decidido que as entidades sindicais vão reforçar essa discussão nas bases, no sentido de engajar o maior número de servidores na paralisação, que, dessa vez, deve ser de 48 horas.
Depois de avaliar o Ocupa Brasília, o Fórum tirou como encaminhamentos a realização de atividades nos estados para denunciar as reformas da Previdência e trabalhista, que retiram direitos dos trabalhadores, além de pressionar deputados e senadores a votarem contra essas matérias. “A ideia é promover atos nos aeroportos, na saída dos parlamentares dos seus estados e na chegada deles em Brasília”, explica Rogério Expedito, diretor da Condsef/Fenadsef presente na reunião do Fórum.
Além disso, ficou definido que haverá um reforço na força tarefa no Congresso Nacional, quando os sindicalistas prometem percorre os gabinetes para cobrar dos parlamentares compromisso com os trabalhadores e o arquivamento das reformas. Também foi aprovada a produção de campanhas publicitárias, com outdoors, denunciando os parlamentares favoráveis às reformas.
Uma preocupação levantada na reunião foi sobre o Projeto de Lei do Senado (PLS) 116/2017, que prevê demissão do funcionalismo federal, mais um ataque do governo ilegítimo e do Congresso Nacional contra os trabalhadores. O PLS 116 é mais um projeto que será combatido duramente pelo conjunto dos servidores federais.
Por fim, os sindicalistas discutiram a paralisia da campanha salarial 2017. Está completando quatro meses que a pauta foi entregue ao Ministério do Planejamento, mas até agora não houve nenhum retorno por parte do Executivo. A avaliação é a pior possível: com um governo que não respeita o conjunto dos trabalhadores e com a aprovação da Emenda Constitucional 95, que congela os serviços públicos por 20 anos, dificilmente haverá negociação. A saída é a mobilização da categoria, como forma de pressionar e forçar o governo a negociar.
Uma nova reunião do Fórum Nacional dos Servidores Federais foi agendada para o dia 7 de junho.
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