O Seminário Internacional de Resistência e Organização Sindical, que será realizado nos dias 13 e 14 de março, no Hotel Brasília Imperial, traz na programação nomes estrangeiros para compartilhamento de experiências sobre mobilização de trabalhadores em contexto adversos. Sindicalistas do Canadá, Chile, Estados Unidos, Peru e Uruguai farão relatos sobre suas respectivas vivências sob regimes conservadores e neoliberais. Debates sobre previdência, alterações trabalhistas e impactos que a MP 873/2019 terá para as entidades sindicais, devem se incorporar às discussões.
Realizado pela Internacional de Serviços Públicos (ISP Interaméricas) em parceria com a Condsef/Fenadsef, o Seminário desempenha papel de orientar a classe trabalhadora no propósito de organização coletiva e luta contra as pauta atacadas pelo governo Bolsonaro. O evento tem a intenção de colaborar com a resistência brasileira a partir do relato das experiências de outros países. Constam na programação abordagens referentes aos ataques neoliberais e legislativos ao movimento sindical, direito a trabalhar, liberdade sindical, enfrentamento à ditadura e retrocessos no Brasil.
O Seminário vem em boa hora. Desde que ganhou as eleições, Jair Bolsonaro coleciona ataques para destruir o movimento sindical. A primeira manobra foi acelerar a votação da Reforma Trabalhista, ainda no governo de Michel Temer, quando o presidente eleito exercia cargo de deputado da Câmara Federal. Depois veio a PEC 06/2019, que visa desmontar a previdência pública e, mais recentemente, a Medida Provisória 873/2019, que altera a forma de contribuição sindical dos trabalhadores. Para o secretário-geral da Condsef/Fenadsef, Sérgio Ronaldo da Silva, o governo declarou guerra contra as entidades sindicais. "Não vamos nos ajoelhar para negociatas, vamos enfrentar", disse. O compartilhamento de informações sobre resistências latinas e norte-americanas já construídas deverão elucidar as estratégias de vitória em solo brasileiro.
"O movimento sindical passou por períodos difíceis da história, sobreviveu à ditadura militar. Eles passarão, mas nós permaneceremos", reagiu Sérgio Ronaldo, que dividirá a mesa do Seminário com sindicalistas mundialmente conhecidos, como o canadense Euan Gibb, a estadunidense Ginny Coughlin e a uruguaia Milagro Pau. "A cada ato que o governo faz para nos fragilizar, mais a gente se unifica. Governo nenhum conseguiu nos derrubar. Não existe democracia sem movimento sindical, movimento social e liberdade de imprensa", pontuou Sérgio Ronaldo. A parceria entre entidades sindicais em nível mundial colabora para pavimentar um caminho eficaz para enfrentamento dos ataques.
Confira aqui a programação completa do Seminário.
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