O Palácio do Planalto divulgou vídeo em apoio ao Golpe Militar de 1964 no último domingo, 31 de março, data em que se completaram 55 anos da deposição criminosa do ex-presidente João Goulart. Na mensagem oficial, um senhor idoso, dito testemunho da época, afirma que, antes dos militares chegarem, a situação era de insegurança nas ruas, de comunistas assassinos e de violência agravada por greves de trabalhadores. A Condsef/Fenadsef, como representante de 80% de todo o serviço público federal, incluindo empresas públicas, repudia fortemente as mentiras proferidas pelo governo no vídeo. A Confederação condena a tortura colocada em prática pelos militares contra defensores da democracia e defende arduamente o direito de greve dos trabalhadores como recurso legítimo para fazer valer a voz dos explorados, assegurado pela Constituição Federal de 1988 e reforçado na Lei Federal nº 7.783 de 1989.
Compete aos trabalhadores decidir sobre a oportunidade de exercer esse direito e sobre os interesses que devam defender. Direito é legítimo. Associar o livre exercício da democracia e da luta dos trabalhadores explorados a um suporto agravante da violência nas ruas, isso sim é criminoso. A Confederaçao entende que a menção às greves nas fábricas corrobora com o plano explícito do governo de minar as associações de trabalhadores e os sindicatos. Durante a Ditadura, os militares proibiram a existência de organizações trabalhistas, que foi garantida só depois do processo de redemocratização, com a promulgação da Constituição Federal.
Em pleno 2019, Bolsonaro tem o mesmo objetivo que seus antepassados de acabar com os direitos trabalhistas, mas opera de outras formas: na construção de discursos mentirosos de criminalização e na tentativa de acabar com seus recursos financeiros, especialmente a partir da MP 873 que altera a contribuição sindical descontada em folha dos servidores filiados. Não é normal que um governo queira interferir e decidir sobre a economia de organizações sindicais. Não é nada razoável.
O exército não salvou o Brasil, pelo contrário. Assassinou seus compatriotas, tomou ilegalmente o poder, vendeu o País para empresas estrangeiras, endividou os cofres públicos com construções megalomaníacas, exerceu sim a corrupção e se escondeu por trás de trâmites sem transparência. Nada disso era papel do Exército, criado para proteger as fronteiras do País. Se, no vídeo do governo, o senhor-personagem convida os espectadores a pesquisar sobre a "verdade", mas não informa sobre fontes de consulta, a Condsef/Fenadsef disponibiliza aqui amplo material para acesso e reflexão de todos. Jamais esqueceremos. Ditadura nunca mais!
Memórias da Ditadura
Página elaborada a partir dos trabalhos realizados pela Comissão Nacional da Verdade, com financiamento do Programa das Nações Unidas para o Desenvolvimento (Pnud)
Ciência e Ditadura
Relatório de todos os professores perseguidos e demitidos durante a Ditadura Militar, elaborado pelo próprio Ministério da Ciência e Tecnologia
Cinema e Ditadura
Blog que integra a Linha de Pesquisa “Cinema e Ditadura em Plataforma Virtual”, vinculada ao Grupo de Pesquisa certificado no CNPq, com o título “Memória, Subjetividade e Ditadura”, do Departamento de Sociologia e Metodologia das Ciências Sociais da Universidade Federal Fluminense (UFF).
A memória artística da Ditadura
Artistas plásticos que testemunharam os anos de chumbo e que produziram a partir de suas experiências
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