A Condsef/Fenadsef participou nessa segunda-feira de uma atividade no aeroporto de Brasília que terá caráter permanente. A ação é do Fórum de Entidades Nacionais dos Servidores Públicos Federais (Fonasefe) que vai promover atos de recepção a parlamentares todas as segundas e terças. O objetivo é buscar apoio contra a aprovação da PEC 6/2019 que propõe o fim da Previdência Pública e quer jogar os brasileiros para um regime de capitalização que falhou nos países em que foi implantado. Mais de 18 já voltaram atrás do modelo.
"Conseguimos abordar muitos parlamentares hoje e ter uma conversa importante com eles sobre a necessidade de barrar essa reforma", avalia Sérgio Ronaldo da Silva, secretário-geral da Condsef/Fenadsef que esteve na atividade. "Não vamos parar até garantir que a Previdência Pública e o direito a aposentadoria dos brasileiros esteja seguro", acrescentou Gilberto Jorge, outro diretor da entidade que integrou a ação.
No Chile, onde o ministro da Economia, Paulo Guedes, integrou aplicação do modelo naquele país nos anos 80, milhares foram as ruas de Santiago, nesse domingo, 31, exigir ajuste de 20% em aposentadoria e fim do sistema de capitalização. "Não podemos e não vamos permitir que esse modelo nos seja impostos, inclusive com uso de chantagem para pressionar a aceitação de uma reforma nefasta", acrescenta Sérgio. O secretário-geral da Confederação se refere a depoimento recente de Paulo Guedes que disse que governo irá suspender salário de servidores caso a reforma da Previdência não seja aprovada.
Na semana passada, o ministro se ausentou de um debate sobre a reforma que aconteceu na Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) da Câmara dos Deputados. A ausência do mnistro foi alvo de duras críticas por parte de parlamentares e outro indício da dificuldade do governo em abrir diálogo. Para a Condsef/Fenadsef, que tem participado de diversos debates sobre o tema, incluindo audiência pública no Senado no mesmo dia em que Guedes faltou à Câmara, falta ao governo argumento para defender o indefensável.
Por mais que todo esse cenário, incluindo queda na aprovação do governo Bolsonaro, aponte para a dificuldade cada vez maior da votação da reforma da Previdência, a mobilização e engajamento da população devem continuar sendo intensificados. "Eles não vão desistir de tirar o direito do brasileiro de se aposentar. Temos que continuar firmes contra toda chantagem e ataques a nossa resistência. Vamos seguir construindo a greve geral", reforçou Sérgio.
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