A Condsef/Fenadsef se reuniu semana passada com o diretor presidente da Capesesp, João Paulo dos Reis, para tratar do Capsaúde, plano de autogestão que atende milhares de servidores da base da Confederação e seus familiares. A entidade foi buscar redução do percentual de reajuste de 23,49% aplicado aos associados que reclamam da inviabilidade de seguir arcando com o valor do plano. Um dos pontos sensíveis dos valores pagos pelos servidores está na contrapartida que o governo assegura. Hoje, quase 80% do valor do plano recaem no bolso do servidor. A Condsef/Fenadsef cobra do governo que, no mínimo, equipare a contrapartida com os servidores, ficando 50%-50% os valores em todos os planos de autogestão.
Com uma faixa etária de assistidos acima dos 59 anos, a Capsaúde alega ainda que a sinistralidade eleva o valor das mensalidades. Resultado disso, como a Condsef/Fenadsef ponderou, é a desistência de milhares de associados que não suportam os valores cobrados. "Essa situação não é favorável nem aos servidores, nem ao plano, é preciso encontrar alternativas e queremos trabalhar nisso", disse Jussara Griffo, diretora da Confederação que participou da reunião. Na reunião estiveram também os diretores da Condsef/Fenadsef, Rogério Expedito e Carlos Alberto de Almeida.
Para evitar mais evasão a Condsef/Fenadsef cobrou alternativas e ações por parte da Capsaúde que informou já ter estudos e propostas para apresentar. A Capesaúde avalia criar um modelo de plano municipal que pode reduzir custos de mensalidade. Foi lembrada ainda a necessidade de cobrar alteração nos valores pagos pelo governo entre as faixas etárias que não acompanham hoje os padrões adotados por outros planos de saúde no mercado.
Nesse caso, a faixa final de idade do plano paga até seis vezes mais o valor estipulado na faixa inicial. Como exemplo, se o governo pagasse R$100 para faixa inicial e R$130 para a final, no modelo de tabela configurado hoje, se a faixa inicial seguisse sendo R$100 a contribuição para a final deveria ser de R$600. "Trata-se de uma negociação que já estamos fazendo há algum tempo junto aos representantes do governo", lembrou Sérgio Ronaldo da Silva, secretário-geral da Condsef/Fenadsef. "Obtivemos alguns avanços, mas nada concreto foi feito ainda para resolver essa questão. Vamos seguir pressionando e cobrando também que não só a contrapartida seja revista, como os valores da tabela por faixa etária", explicou.
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