Em assembleia realizada ontem a noite (28), empregados da Empresa Brasileira de Serviços Hospitalares – EBSERH decidiram encerrar a greve deflagrada no dia 22. A decisão unânime aconteceu após a audiência de conciliação ocorrida no Tribunal Superior do Trabalho (TST) a pedido do Sindicato dos Trabalhadores Federais do Distrito Federal (Sindsep-DF). A empresa ofereceu um índice de 8,8% de reajuste sendo esta a única proposta anunciada. Uma nova audiência foi marcada para o dia 10 de agosto. Até lá, os trabalhadores lotados no Hospital Universitário Júlio Müller ficam em estado de greve podendo retornar a paralisação a qualquer momento.
A greve ocorreu porque os empregados da empresa rejeitaram a contraproposta do governo para o Acordo Coletivo de Trabalho (ACT) 2016/2017 que vem sendo negociado desde janeiro, principalmente no que se refere ao reajuste proposto de 8% no salário e 9% nos benefícios. O objetivo é por um índice de reajuste de 10,36% no salário e benefícios, acompanhando o IPCA do período março 2015/fev2016 e também melhorias nas cláusulas sociais do ACT.
Mediado pelo ministro Emmanoel Pereira, vice-presidente do TST, foi sistematizado os pontos divergentes na tentativa de conciliação. Ele ponderou junto aos representantes dos trabalhadores duas propostas: a de manter o patamar de reajuste apresentado pela empresa (8%) com os benefícios na forma requerida pelos empregados e a segunda de aumentar o reajuste proposto (8,8%), com os benefícios nos patamares propostos pela Ebserh.
Para os representantes dos trabalhadores foi considerada razoável a primeira alternativa mas que consideram indispensável discutir o regime de 12x36 e o grupo de trabalho voltado ao estabelecimento da gratificação de titulação. Pelo lado da Ebserh, ela disse que retiraria o novo índice da mesa de negociação caso a greve fosse mantida. Os trabalhadores da Ebserh/HUJM decidiram pelo encerramento mas estarão vigilantes para as próximas negociações e se preciso for, voltam a paralisar.
Salvar
Trabalhadores da Empresa Brasileira de Serviços Hospitalares – EBSERH, lotados no Hospital Universitário Júlio Müller, deliberaram em assembleias realizadas na segunda-feira (18), indicativo de greve por tempo indeterminado. A empresa foi notificada no dia seguinte pelo Sindicato dos Servidores Públicos Federais no Estado de Mato Grosso (Sindsep-MT), que representa a categoria. Após cumprir o prazo regimental de 72 horas, a greve começará efetivamente nesta sexta-feira (22) a partir das 10h, seguindo a deliberação da assembleia nacional da categoria realizada em Brasília. Além de Mato Grosso, outras unidades da Ebserh no país já aderiram a greve nacional (BA, CE, MG, PE, RS, MA) e o Distrito Federal.
Os empregados da empresa rejeitaram a contraproposta do governo para o Acordo Coletivo de Trabalho (ACT) 2016/2017 que vem sendo negociado desde janeiro, principalmente no que se refere ao reajuste proposto de 8% no salário e 9% nos benefícios. O objetivo é por um índice de reajuste de 10,36% no salário e benefícios, acompanhando o IPCA do período março 2015/fev2016 e também melhorias nas cláusulas sociais do ACT. No último dia 9 de julho em Plenária Nacional da Condsef, a maioria dos trabalhadores da Ebserh já havia negado a proposta do governo.
Além da reposição da inflação, com ganho real, os trabalhadores exigem outras reivindicações como o regime de plantão de 12x36 hs de trabalho diurnos; redução de jornada de trabalho para 30 hs; revisão do plano de carreira, cargos e salários e a implantação da previdência complementar. Há também cláusulas do ACT 2015/2016 vigente que não estão sendo cumpridas.
“Infelizmente a greve poderá ser prejudicada pois a Ebserh obteve uma liminar do Tribunal Superior do Trabalho (TST) determinando que 75% dos trabalhadores celetistas fiquem no local de trabalho e a Condsef está tentando derrubar essa decisão. Caso isso não ocorra, vamos manter as UTI's funcionando 100% e reduzir nas consultas e parar a internação.” disse Sílvia Maria Senise, que faz parte da Comissão Nacional de Negociação do ACT.
Durante o período da greve haverá outras atividades como palestras e a participação na Semana Interna de Prevenção de Acidentes (SIPAT). Ainda segundo Senise, a direção do hospital foi bem receptiva com o Comando de Greve, que busca um bom entendimento para que a paralisação funcione de forma positiva tanto para os trabalhadores quanto para a empresa e principalmente para a comunidade.
Hoje trabalham no HUJM através da empresa mais de 400 pessoas. Vale ressaltar a luta do Sindsep-MT em defesa dos direitos coletivos dos funcionários da Ebserh e da Confederação dos Trabalhadores no Serviço Público Federal (Condsef), que recebeu aval da categoria para encaminhar as desgastantes negociações com o governo federal, inclusive ajuizar dissídio coletivo.
Rua Dr. Carlos Borralho, 82 - Poção - CEP 78015-630 - Cuiabá - MT
Telefones: (65) 3023-9338 / 3023-6617
Email: O endereço de e-mail address está sendo protegido de spambots. Você precisa ativar o JavaScript enabled para vê-lo.