Domingo, 28 de  abril de  2024 

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SPFs de Mato Grosso decidem por greve geral

 

Por unanimidade, servidores públicos federais de Mato Grosso, em assembleia geral realizada na manhã desta segunda-feira, 27, rejeitaram a proposta do governo de 21,3% escalonada em 4 anos. Esse aumento sequer repõe a inflação do período, que segundo o Dieese é de 27,3%. Hoje o Estado conta com cerca de 12 mil trabalhadores do Executivo e esperavam ao menos que o governo negociasse índices de reajustes no prazo máximo de dois anos. Na mesma reunião, foi aprovada a greve por tempo indeterminado a partir do dia 3 de agosto, segunda-feira, seguindo deliberação da Plenária Nacional dos Servidores Públicos Federais realizada no dia 18/07 em Brasília. A previsão é que o serviço público federal poderá ficar totalmente paralisado a partir da semana que vem.

 “Os servidores não aceitaram esse percentual de 23,1% em quatro anos. Chega de ficar brincando de assinar papel aqui, acolá, uma ladainha que não chega a lugar nenhum. Vamos construir essa greve, mais ampla que a de 2012, onde praticamente paralisamos o país. Ela foi considerada vitoriosa, pois no início das negociações tínhamos zero e conseguimos os 15,8%. E isso foi alcançado através da mobilização e fortalecimento da integração de várias categorias e é disso que precisamos de vocês trabalhadores.”, disse o presidente do Sindsep-MT, Carlos Alberto de Almeida.

 O presidente da CUT de Mato Grosso, João Dourado também esteve presente na assembleia dos SPFs, manifestando apoio irrestrito à causa, assim como os trabalhadores da Ebserh que prestam serviços ao Hospital Universitário Júlio Müller. Esta semana, o Comando Estadual de Greve estará se reunindo para estudar as diretrizes a serem tomadas, principalmente em relação ao crescimento do movimento e a criação de CG nos órgãos. Foram eleitos para o CEG, Jorge Frederico Cardoso, Neusa Divina de Jesus, Roosevel Motta, Marinézio Soares de Magalhães, Carlos Alberto de Almeida e José Henrique Pedroso.

 EBSERH - Trabalhadores da Empresa Brasileira de Serviços Hospitalares (Ebserh) que prestam serviços ao Hospital Universitário Júlio Müller, em assembleia geral realizada no dia 24, decidiram pela suspensão dos serviços por tempo determinado de 48 horas nos dias 30 e 31 deste mês.

 O propósito da mobilização é buscar avanços da categoria no Acordo Coletivo de Trabalho (ACT) 2015/2016 que está na nona rodada de negociações e ainda não chegaram a um consenso. O percentual de reajuste oferecido pela empresa de 5% foi rejeitada, pois não recompõe nem a inflação prevista para este ano. A categoria busca um reajuste de 7,7% tendo o IPCA (Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo) como base.

 Além disso, a categoria também pede reajuste do auxílio alimentação de R$ 783,90, garantia da escala de 12/36 todos os dias da semana para todos os setores, garantia da escala 12/24 para os médicos, alterar progressão para 18 meses contemplado 1% do valor da folha de pagamento nacional e a discussão de adicional por titulação.

 

 

Servidor público pode fazer greve?

 Essa é uma das dúvidas constantes dos trabalhadores do Executivo. Segundo cartilha divulgada pela Confederação dos Servidores Públicos Federais (Condsef), em sua redação original, o artigo 37, inciso VII da Constituição Federal assegurou o exercício do direito de greve pelos servidores públicos civis, o qual deveria ser regulamentado sob a forma de lei complementar.

Com a Emenda Constitucional nº 19/1998, a exigência passou a ser a edição de lei ordinária. Entretanto, quer sob a vigência da redação original do dispositivo constitucional, quer após as alterações trazidas pela emenda constitucional referida, o exercício do direito de greve dos servidores públicos não foi regulamentado.

A omissão legislativa restou reconhecida pelo Supremo Tribunal Federal no julgamento dos Mandados de Injunção 670/ES, 708/DF e 712/PA, nos quais foi superada a questão da legalidade da greve no serviço público e determinadas quais normas seriam aplicáveis enquanto pendente a edição da legislação exigida. No essencial, tem-se pela legalidade da greve no serviço público federal, direito esse que dever ser exercido nos termos enunciados pelo Supremo Tribunal Federal.  

Em assembleia, trabalhadores da Ebserh decidem por greve

 

Trabalhadores da Empresa Brasileira de Serviços Hospitalares (Ebserh) que prestam serviços ao Hospital Universitário Júlio Müller, aprovaram por unanimidade, em assembleia geral que aconteceu nesta sexta-feira, 24, a suspensão dos serviços por tempo determinado de 48 horas nos dias 30 e 31 deste mês.

 O propósito da mobilização é buscar avanços da categoria no Acordo Coletivo de Trabalho (ACT) 2015/2016 que está na nona rodada de negociações e ainda não chegaram a um consenso. O percentual de reajuste oferecido pela empresa de 5% foi rejeitada, pois não recompõe nem a inflação prevista para este ano. A categoria busca um reajuste de 7,7% tendo o IPCA (Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo) como base.

 

 Além disso, a categoria também pede reajuste do auxílio alimentação de R$ 783,90, garantia da escala de 12/36 todos os dias da semana para todos os setores, garantia da escala 12/24 para os médicos, alterar progressão para 18 meses contemplado 1% do valor da folha de pagamento nacional e a discussão de adicional por titulação.

O presidente do Sindicato dos Servidores Públicos no Estado de Mato Grosso (Sindsep-MT), Carlos Alberto de Almeida, disse que a participação efetiva de todos trabalhadores da Ebserh na greve nacional, independente se for filiado ou não, é fundamental para que os objetivos sejam alcançados, porque se depender do governo, as perdas serão irreparáveis. “Todo ano temos que construir o acordo coletivo com a empresa e isso é desgastante. Se for preciso, vamos para o dissídio coletivo, pois lá tenho certeza que iremos ganhar.”

 Silvia Maria Senise, que faz parte da Comissão Nacional de Negociação do ACT, acrescentou que quando foi pedido o aumento de 7,7%, a inflação já estava em 8% e hoje já está na casa dos 10%. “Se a gente aceitar esses 5% oferecidos pela empresa, daqui alguns anos nosso salário estará ainda mais defasado pois a inflação irá atropelar a todos e daqui a pouco nós iremos estar recebendo salário mínimo. Esta é a realidade. Se nós temos segurança em ir ao dissídio coletivo é porque nós temos estudos técnicos, todos baseados em índices, que irão nos respaldar em uma vitória no TST, pois na mesa de discussão do acordo não vamos conseguir nada, pois estão irredutíveis”, complementou.

Após a votação foi formada uma Comissão de Greve tendo como representantes Silvia Maria Senise, Sandra Cristina Ribeiro, Walcirley Fernando Bolak, Edilene Ferreira Lima e representando o Sindsep, João de Deus da Silva Filho.

 

Assembleia Geral deve decidir por paralisação nacional

 

O Sindicato dos Servidores Públicos Federais no Estado de Mato Grosso (Sindsep-MT) está convocando trabalhadores vinculados ao Poder Executivo a participarem da Assembleia Geral Extraordinária, a ser realizada na próxima segunda-feira, 27, a partir das 9h, em sua sede localizado na rua Dr. Carlos Borralho nº 82, Bairro Poção. A pauta principal da assembleia é a deliberação sobre a deflagração de greve por tempo indeterminado (no caso de Mato Grosso, a partir do dia 3 de agosto), conforme deliberação da Plenária Nacional dos Servidores Públicos Federais realizada no dia 18/07 em Brasília.

A convocação se deve ao impasse gerado nas negociações realizadas no início desta semana entre servidores federais e governo. A Secretaria de Relações de Trabalho (SRT), condicionou aceitação da proposta de reajuste de 21,3%, escalonado em 4 anos e já rejeitada pela maioria dos servidores, para o debate do conjunto de outras reivindicações. Para sindicalistas presentes, esse aumento sequer repõe a inflação do período, que segundo o Dieese é de 27,3%. Na reunião desta segunda-feira, 20, apesar de manter o percentual, o Ministério do Planejamento propôs a inclusão de uma cláusula para rever o reajuste em 2017, caso a inflação seja superior ao previsto para o período.

A Confederação dos Servidores Públicos Federais (Condsef), que representa cerca de 500 mil servidores entre ativos, aposentados e pensionistas, fez amplo debate com a categoria e espera que ao menos que o governo negocie índices de reajuste considerando um prazo de no máximo dois anos. Para a maioria do Executivo, entre os temas urgentes também está o debate sobre mudança de regra na contagem de pontos considerando a média dos últimos cinco anos das gratificações de desempenho para fins de aposentadoria, benefícios, entre outros itens.

 Para a Condsef, o cenário exige que os servidores intensifiquem o processo de mobilizações se quiserem conquistar avanços e destravar o impasse que se instalou. A categoria não deve permitir que o atendimento de reivindicações urgentes fique condicionado a aceitação de uma proposta já rejeitada e extremamente prejudicial. Com o tempo limitando cada vez mais o processo de negociações, somente um intenso movimento de unidade e pressão poderá mudar essa lógica imposta pelo governo. Nesta quarta, 22, o Fórum das Entidades Nacionais dos Servidores Públicos Federais (Fonasef) promove um dia nacional de lutas com paralisação em todo o Brasil e marcha a Brasília.

EBSERH - Outra assembleia geral convocada pelo Sindsep-MT se refere aos trabalhadores da Empresa Brasileira de Serviços Hospitalares (Ebserh) para discutirem e deliberarem sobre paralisação por 48h, conforme deliberação da Assembleia Nacional dos Trabalhadores da Ebserh, nos dias 30 e 31 de julho de 2015. A reunião ocorrerá no dia 24, sexta-feira, às 13h, no auditório do Hospital Universitário Júlio Müller, localizado na Rua Luiz Philipe Pereira Leite s/n, Bairro Alvorada.

O objetivo da paralisação é buscar avanços no Acordo Coletivo de Trabalho (ACT) da categoria que está na 9ª rodada de negociações e ainda possui cláusulas onde não houve consenso com a empresa. Entre os itens ainda sem acordo está justamente o do percentual de reajuste. A empresa oferece 5%, o que não recompõe a inflação prevista para esse ano. A categoria busca um reajuste de 7,7% tendo o IPCA (Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo) como base. Os trabalhadores também esperam que a empresa melhore a proposta de valor do auxílio-alimentação. Outros pontos de avanço relativos à escala e horas de trabalho também estão sendo pleiteados, além de alterações em progressão e a discussão sobre um adicional por titulação. (Com Condsef)

 

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