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Trabalhadores da Empresa Brasileira de Serviços Hospitalares (Ebserh) que prestam serviços ao Hospital Universitário Júlio Müller, aprovaram por unanimidade, em assembleia geral que aconteceu nesta sexta-feira, 24, a suspensão dos serviços por tempo determinado de 48 horas nos dias 30 e 31 deste mês.
O propósito da mobilização é buscar avanços da categoria no Acordo Coletivo de Trabalho (ACT) 2015/2016 que está na nona rodada de negociações e ainda não chegaram a um consenso. O percentual de reajuste oferecido pela empresa de 5% foi rejeitada, pois não recompõe nem a inflação prevista para este ano. A categoria busca um reajuste de 7,7% tendo o IPCA (Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo) como base.
Além disso, a categoria também pede reajuste do auxílio alimentação de R$ 783,90, garantia da escala de 12/36 todos os dias da semana para todos os setores, garantia da escala 12/24 para os médicos, alterar progressão para 18 meses contemplado 1% do valor da folha de pagamento nacional e a discussão de adicional por titulação.
O presidente do Sindicato dos Servidores Públicos no Estado de Mato Grosso (Sindsep-MT), Carlos Alberto de Almeida, disse que a participação efetiva de todos trabalhadores da Ebserh na greve nacional, independente se for filiado ou não, é fundamental para que os objetivos sejam alcançados, porque se depender do governo, as perdas serão irreparáveis. “Todo ano temos que construir o acordo coletivo com a empresa e isso é desgastante. Se for preciso, vamos para o dissídio coletivo, pois lá tenho certeza que iremos ganhar.”
Silvia Maria Senise, que faz parte da Comissão Nacional de Negociação do ACT, acrescentou que quando foi pedido o aumento de 7,7%, a inflação já estava em 8% e hoje já está na casa dos 10%. “Se a gente aceitar esses 5% oferecidos pela empresa, daqui alguns anos nosso salário estará ainda mais defasado pois a inflação irá atropelar a todos e daqui a pouco nós iremos estar recebendo salário mínimo. Esta é a realidade. Se nós temos segurança em ir ao dissídio coletivo é porque nós temos estudos técnicos, todos baseados em índices, que irão nos respaldar em uma vitória no TST, pois na mesa de discussão do acordo não vamos conseguir nada, pois estão irredutíveis”, complementou.
Após a votação foi formada uma Comissão de Greve tendo como representantes Silvia Maria Senise, Sandra Cristina Ribeiro, Walcirley Fernando Bolak, Edilene Ferreira Lima e representando o Sindsep, João de Deus da Silva Filho.
O Sindicato dos Servidores Públicos Federais no Estado de Mato Grosso (Sindsep-MT) está convocando trabalhadores vinculados ao Poder Executivo a participarem da Assembleia Geral Extraordinária, a ser realizada na próxima segunda-feira, 27, a partir das 9h, em sua sede localizado na rua Dr. Carlos Borralho nº 82, Bairro Poção. A pauta principal da assembleia é a deliberação sobre a deflagração de greve por tempo indeterminado (no caso de Mato Grosso, a partir do dia 3 de agosto), conforme deliberação da Plenária Nacional dos Servidores Públicos Federais realizada no dia 18/07 em Brasília.
A convocação se deve ao impasse gerado nas negociações realizadas no início desta semana entre servidores federais e governo. A Secretaria de Relações de Trabalho (SRT), condicionou aceitação da proposta de reajuste de 21,3%, escalonado em 4 anos e já rejeitada pela maioria dos servidores, para o debate do conjunto de outras reivindicações. Para sindicalistas presentes, esse aumento sequer repõe a inflação do período, que segundo o Dieese é de 27,3%. Na reunião desta segunda-feira, 20, apesar de manter o percentual, o Ministério do Planejamento propôs a inclusão de uma cláusula para rever o reajuste em 2017, caso a inflação seja superior ao previsto para o período.
A Confederação dos Servidores Públicos Federais (Condsef), que representa cerca de 500 mil servidores entre ativos, aposentados e pensionistas, fez amplo debate com a categoria e espera que ao menos que o governo negocie índices de reajuste considerando um prazo de no máximo dois anos. Para a maioria do Executivo, entre os temas urgentes também está o debate sobre mudança de regra na contagem de pontos considerando a média dos últimos cinco anos das gratificações de desempenho para fins de aposentadoria, benefícios, entre outros itens.
Para a Condsef, o cenário exige que os servidores intensifiquem o processo de mobilizações se quiserem conquistar avanços e destravar o impasse que se instalou. A categoria não deve permitir que o atendimento de reivindicações urgentes fique condicionado a aceitação de uma proposta já rejeitada e extremamente prejudicial. Com o tempo limitando cada vez mais o processo de negociações, somente um intenso movimento de unidade e pressão poderá mudar essa lógica imposta pelo governo. Nesta quarta, 22, o Fórum das Entidades Nacionais dos Servidores Públicos Federais (Fonasef) promove um dia nacional de lutas com paralisação em todo o Brasil e marcha a Brasília.
EBSERH - Outra assembleia geral convocada pelo Sindsep-MT se refere aos trabalhadores da Empresa Brasileira de Serviços Hospitalares (Ebserh) para discutirem e deliberarem sobre paralisação por 48h, conforme deliberação da Assembleia Nacional dos Trabalhadores da Ebserh, nos dias 30 e 31 de julho de 2015. A reunião ocorrerá no dia 24, sexta-feira, às 13h, no auditório do Hospital Universitário Júlio Müller, localizado na Rua Luiz Philipe Pereira Leite s/n, Bairro Alvorada.
O objetivo da paralisação é buscar avanços no Acordo Coletivo de Trabalho (ACT) da categoria que está na 9ª rodada de negociações e ainda possui cláusulas onde não houve consenso com a empresa. Entre os itens ainda sem acordo está justamente o do percentual de reajuste. A empresa oferece 5%, o que não recompõe a inflação prevista para esse ano. A categoria busca um reajuste de 7,7% tendo o IPCA (Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo) como base. Os trabalhadores também esperam que a empresa melhore a proposta de valor do auxílio-alimentação. Outros pontos de avanço relativos à escala e horas de trabalho também estão sendo pleiteados, além de alterações em progressão e a discussão sobre um adicional por titulação. (Com Condsef)
Boa praça, torcedor fanático do Corinthians e do time da casa, União Esporte Clube, Joel Vieira Barbosa, 49 anos, funcionário público desde 1987, da extinta Sucam, hoje Funasa, tem uma mania que vem desde que era criança. O rondonopolitano adora colecionar de tudo, desde tampinhas de garrafa a disco de vinil. Seu apelido: “Joel Colecionador”.
Joel afirma que é só um hobby saudável, nada a ver com o Transtorno Obsessivo-Compulsivo, o famoso TOC. Entre as relíquias, um acervo fantástico do União FC e da época em que era “malaco” (expressão dada na época aos agentes de endemias), quando pegou duas malárias e sentiu na pele, o efeito do DDT e do Malathion usados no combate ao mosquito.
Lembra bem daquele tempo, em que não se usava equipamento de proteção individual (EPI), apenas um uniforme composto de calça, camisa manga longa, um óculos e um capacete. Tempos ruins e de boas lembranças. Percorria várias vezes a pé em locais inacessiveis, borrifando o veneno, salvando vidas. Sorri quando fala que era recebido nas residências como um herói.
“Às vezes não havia nem o que comer, no máximo uma bolacha. Para beber era preciso achar um córrego. Mesmo assim, nós não esmorecíamos”, lembra o “Colecionador”, que trabalhou 16 anos com bomba pulverizadoras nas costas, principalmente na região do Vale do Araguaia.
Entre os acervos, mais de 600 fotos antigas dos “malacos”, adquiridas através de amigos e todas digitalizadas. Segundo Joel, mais da metade dos colegas que trabalharam com ele já faleceram, inclusive um, com suposto envenamento pelo DDT.
Indenização - O Sindsep-MT e a Condsef abraçaram a causa dos intoxicados promovendo reuniões em várias cidades do interior e capital, lutando pela aprovação da PEC 17/14 que concede indenização, tratamento médico e psicológico aos servidores da Funasa portadores de doenças graves contraídas em ambiente durante atuação na extinta Superintendência de Campanhas de Saúde Pública (Sucam). Estamos na luta!
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Telefones: (65) 3023-9338 / 3023-6617
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