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Após paralisação dos servidores do Instituto Nacional de Colonização e Reforma Agrária (Incra/MT), em 1º de junho deste ano, o órgão ligado ao Ministério do Desenvolvimento Agrário (MDA) volta mais uma vez a ficar com seus serviços suspensos. Na primeira greve, a categoria reivindicava vários compromissos não assumidos pela direção, entre eles a reforma protelada do prédio. Um Termo de Compromisso foi assinado para que a greve chegasse ao fim.
Agora os trabalhadores do Incra, seguindo orientação da Plenária Nacional da Condsef, realizaram assembleia e decidiram cruzar os braços a partir de hoje, 24, paralisando 100% das atividades. No mesmo momento, a Secretaria de Relações do Trabalho (SRT) do Ministério do Planejamento voltou a dizer que não tem uma resposta formal sobre alternativa ao índice, já rejeitado pela maioria, de 21,3% em 4 anos (2016-2019.
Esta proposta não considera nem o índice de inflação deste ano, que já passa dos 9%.
A Condsef está convocando uma plenária nacional de sua base para essa sexta-feira, 28, e pressionar o governo numa tentativa de alterar esse cenário sombrio, uma vez que o Executivo Federal tem que enviar ao Congresso Nacional, proposta com previsão orçamentária para 2016 até o dia 31 deste mês.
Além do estado de Mato Grosso, estão paralisados os institutos do Pará, Rondônia, Tocantins, Ceará, Rio Grande do Norte, Distrito Federal, Mato Grosso do Sul, Minas Gerais e São Paulo.
Convocados pelo Sindicato dos Servidores Públicos no Estado de Mato Grosso (Sindsep-MT), servidores em greve desde o dia 3 realizaram na manhã de hoje, uma manifestação na praça Alencastro, centro de Cuiabá, contra a política fiscal do governo federal, mais conhecido como “Plano Levy”. A proposta indecente da SRT/MPOG, de 21,3%, escalonada em 4 anos foi rejeitada pela maioria, por não repor a inflação e nem recompor as perdas acumuladas nos últimos anos. Em assembleia geral realizada no dia 27/07, servidores de Mato Grosso disseram não a essa proposta e querem debater a reposição de perdas passadas e buscar redução do prazo de 4 anos considerado muito longo.
Segundo Confederação dos Servidores Públicos Federais (Condsef), até o momento, a paralisação de atividades da maioria dos servidores do Executivo já atinge 15 estados (AC, AP, CE, MG, MT, PA, PR, RJ, RN, RO, RR, SC, SE, TO e SP). Com o tempo limitando cada vez mais o processo de negociações, somente um intenso movimento de unidade e pressão poderá mudar essa lógica imposta pelo governo.
Na manifestação, o presidente do Sindsep-MT, Carlos Alberto de Almeida alertou os servidores de órgãos que ainda não aderiram à greve, que o governo federal tem até o dia 21 deste mês para enviar ao Congresso Nacional, projetos de lei que resultarem possíveis acordos. “A hora de entrar em greve é agora, pois algumas repartições estão esperando o resultado das negociações com a SRT, mas o resultado todos nós sabemos. O governo não vai abrir mão dos 21,3% em 4 anos. Não podemos perder tempo em realizar assembleias em cima da hora e decidir pela paralisação perto do prazo final.” O Comando Estadual de Greve continua se reunindo com servidores que ainda não entraram em greve.
Mais Caixa - O protesto dos SPFs se estendeu até a agência central da Caixa Econômica, onde bancários estavam realizando o Dia Nacional de Luta por Contratação Urgente. Alertaram para a falta de funcionários e a sobrecarga de trabalho, uma realidade em todas as unidades do banco.
Quem relata sobre o agravamento da situação é o bancário Eduardo Alencar, 41 anos. Para ele, com a implantação este ano do Plano de Apoio à Aposentadoria (PAA), a instituição já desligou mais de 3 mil empregados e até agora não fala nada sobre reposição desse quadro e ao mesmo tempo milhares de pessoas aprovadas em concurso aguardam convocação.
“O número de empregados da Caixa caiu de 101 mil para 98 mil de janeiro a junho deste ano, tendo como meta chegar a 95 mil até o final do ano. O resultado não podia ser diferente, como agências cheias, metas em cima de metas, descontentamento e clientes insatisfeitos.”
Eduardo acrescenta que a Caixa já foi condenada pelo Ministério Público do Trabalho em Mato Grosso, a pagar R$ 1 milhão de indenização por danos morais coletivos por extrapolar a jornada de trabalho dos seus empregados além do limite máximo de duas horas diárias. (Com Condsef)
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