Na data em que é comemorado o Dia Nacional da Liberdade de Imprensa, a Condsef/Fenadsef sai em defesa da democratização e da regulação das plataformas digitais e da mídia corporativa brasileira, pelo fortalecimento da comunicação sindical a serviço da luta pelos direitos dos trabalhadores e trabalhadoras do país. Vale lembrar que no último dia 28, o Congresso reacionário manteve veto a dispositivo que criminalizava a disseminação de fake news em eleições, em projeto sobre os crimes contra o Estado Democrático de Direito.
A regulação das mídias, sobretudo das plataformas digitais, segue enfrentando ampla resistência de setores conservadores do país que rejeitam a adoção de medidas que protegem a sociedade brasileira contra abusos promovidos por empresas. Contudo, é a regulação que garante a diversidade e a pluralidade de ideias, ao mesmo tempo em que promove a transparência nas redes sociais e nos serviços de mensagens privadas, além de responsabilizar os provedores pelo combate à desinformação.
A comunicação sindical também é um importante instrumento da classe trabalhadora para a defesa de direitos e o combate às fake news. Promove a organização, a mobilização e a formação política, divulga as lutas e conquistas dos movimentos da classe, e combate as ideias liberais dos setores hegemônicos da comunicação, totalmente subordinados aos interesses do mercado e das elites econômicas do país.
Em um cenário de desvalorização dos trabalhadores, promovido pelos "donos" da mídia, a comunicação sindical se torna ainda mais relevante.
Desde sempre, os servidores públicos sofrem os mais variados ataques da grande mídia, que além de se recusar a reconhecer a importância dos serviços públicos para todo o conjunto da sociedade, dissemina inverdades sobre as condições de vida e de remuneração da maioria do funcionalismo.
Para ajudar a reverter esse quadro, a Condsef/Fenadsef conclama toda a sua base filiada a reforçar as redes de comunicação sindicais, tarefa fundamental para o fortalecimento da luta dos trabalhadores e das trabalhadoras no setor público.
Na manhã desta terça-feira(04), dirigentes dos sindicatos gerais filiados à Condsef/Fenadsef se reuniram para avaliar a proposta de reajuste remuneratório encaminhada no dia 28 de maio pelo governo que, em linhas gerais, reajusta as remunerações dos servidores federais ocupantes dos cargos do PGPE, PST e planos correlatos em 9% em janeiro de 2025 e em 5% em maio de 2026.
Confira a íntegra da proposta para PGPE e Correlatos e para PTS e Seguridade Social abaixo:
PGPE e Correlatos - Proposta de reajuste remuneratório
PST e Seguridade Social - Proposta de reajuste remuneratório
Agora, assembleias de base vão deliberar sobre a proposta.
Desde o início das negociações salariais, em setembro de 2023, o governo fincou o pé numa proposta de reajuste zero em 2024, 4,5% em 2025 e 4,5% em 2026. A pressão do conjunto da categoria fez essa proposta mudar para zero em 2024, 9% em 2025 e 3,5% em 2026. A forte greve dos servidores das Instituições Federais de Ensino, junto com a força da grande Marcha dos Servidores de 17 de abril, combinada com a Marcha da Classe Trabalhadora, em 22 de maio, levou o MGI a subir o índice de 2026 de 3,5% para 5%, estendendo essa proposta a outros setores, inclusive da base da Condsef/Fenadsef, tanto para ativos, como também aposentados/pensionistas dos níveis superior, intermediário e auxiliar.
A nota pontua que a especulação financeira, que sequestra o orçamento federal, somada à política salarial equivocada do MGI, tiveram como resultados imediatos a intensificação de um processo de elitização e fragmentação da categoria, além de um expressivo aumento nas distorções salariais entre servidores do Executivo.
Dessa forma, uma vez que as assembleias aprovem a proposta, considerada como limite pelo governo, a Condsef/Fenadsef deverá exigir uma negociação com o MGI para inserir no acordo diversas cláusulas que garantam, sobretudo, a apresentação de um plano de recuperação salarial que cubra as perdas do período golpista e inicie um processo de correção das distorções.
Confira abaixo a íntegra da nota encaminhada às entidades filiadas:
RESOLUÇÃO DO CONSELHO DELIBERATIVO DE ENTIDADES DA CONDSEF/FENADSEF
Manter e reforçar a luta pela correção das distorções
Assembleias de base vão deliberar sobre a proposta apresentada pelo Ministério da Gestão e Inovação para o PGPE-PST-Planos correlatos. Importante registrar que, para o conjunto dos servidores, a pressão da campanha salarial unificada já havia arrancado o reajuste nos benefícios: o auxílio alimentação subiu de R$ 458,00 para R$ 658,00, em 2023 e para R$ 1.000,00, em 2024; a assistência Pré-escolar passou de R$ 321,00 para R$ 484,90, em 2024; a per capita da Saúde Suplementar recebeu reajuste de 51%, considerando-se a faixa de idade e de renda do servidor, a partir de maio de 2024.
Desde o início das negociações salariais, em setembro de 2023, o governo fincou pé numa proposta de zero em 2024, 4,5% em 2025 e 4,5% em 2026. A pressão do conjunto da categoria fez essa proposta mudar para zero em 2024, 9% em 2025 e 3,5% em 2026.
A forte greve dos servidores das Instituições Federais de Ensino (docentes e técnicos), junto com a força da grande Marcha dos Servidores de 17 de abril, combinada com a Marcha da Classe Trabalhadora de 22 de maio, que contou com participação expressiva de Servidores Públicos, levou o MGI a subir o índice de 2026 de 3,5% para 5%, estendendo essa proposta a outros setores, inclusive da base da Condsef/Fenadsef, tanto para ativos, como também aposentados/pensionistas dos níveis Superior, Intermediário e Auxiliar.
Por outro lado, é preciso também lembrar que a Condsef/Fenadsef foi excluída de várias mesas onde, legitimamente deveria estar, e que a proposta da Condsef/Fenadsef para reestruturar o PGPE-PST-Planos correlatos não chegou a ser examinada pelo MGI. Não houve uma verdadeira negociação. As mesas ficaram travadas. Houve apenas três reuniões. Agora, o MGI fechou toda possibilidade de continuar as discussões de contrapropostas e deu um prazo exíguo para o debate da categoria.
A especulação financeira sequestra o orçamento federal
O MGI diz que "falta espaço no orçamento". Mas por quê? Os fatos são indiscutíveis:
- o orçamento é arrochado brutalmente pelo Novo Arcabouço Fiscal, que foi proposto pelo próprio governo, mas muito piorado no Congresso;
- o eixo do orçamento é comprimir os gastos com o serviço público para garantir o pagamento dos Juros e Encargos da Dívida Pública que consumirão mais de 436 bilhões, em 2024 (20% do orçamento);
- a política de "déficit zero" do Ministério da Fazenda se rende ao mercado financeiro e serve ao objetivo de garantir o lucro dos especuladores;
- as inaceitáveis e ilegítimas "emendas parlamentares" abocanham 53 bilhões de reais;
- o Congresso reacionário vota benefícios e privilégios para os patrões e ricaços: isenção de impostos, anistias fiscais, benefícios para banqueiros, programas de subsídios para empresas (agora querem privatizar até as praias e o Banco Central!);
- mesmo com os inúmeros alertas sobre a iminência das catástrofes naturais sobre o país (inundações, secas, incêndios florestais, deslizamentos) as verbas para prevenção - que poderiam ter reduzido a destruição e as mortes - caíram 70% entre 2013 e 2023 (houve pequena melhora em 2024).
MGI: o de cima sobe, o debaixo desce
Mas o que fez o MGI com o que restou do orçamento depois desses nacos terem sido arrancados para beneficiar o "andar de cima" e sustentar a carreira de políticos reacionários? Fez o contrário do reivindicado pelos servidores.
Explicando: depois de muitos embates com o MGI em 2023, o Fonasefe, o Fonacate e as Centrais Sindicais, apresentaram, em janeiro de 2024, uma proposta unificada para a negociação que tinha uma lógica: os setores que tiveram mais perdas durante o período golpista teriam uma recomposição salarial maior (de 34,32% de 2023 a 2026) e os que tiveram menores perdas um reajuste menor (22,71%).
Em vez de se apoiar nessa reivindicação UNIFICADA do conjunto dos servidores e de suas entidades, e que começaria a corrigir as distorções, o MGI preferiu o caminho inverso. Está aprofundando as distorções, cometendo uma injustiça e elitizando o serviço público. Isso porque, os setores que tiveram as menores perdas no período golpista estão tendo uma recomposição, nos quatro anos deste governo, ao redor de 30 a 34%, enquanto o PGPEPST-Correlatos recebem uma proposta que, em média, fica ao redor de 24%.
Uma das razões para esse grave erro político foi o fato de o MGI não ter negociado com a Condsef/Fenadsef a nossa proposta de diretrizes para os planos de carreira.
Em síntese, esta é a proposta do MGI que estará em votação nas assembleias (vide estudos do DIEESE nºs 396 e 397, no site da CONDSEF/FENADSEF):
o Nível Superior (NS) - aumento nos padrões de 2,8% para 3% e nas classes de 3% para 4%
o Nível Intermediário (NI) - aumento nos padrões de 1% para 1,25% e nas classes de 1,5% para 2%;
Do ponto de vista financeiro, se considerados os 9% de 2023, essa proposta significa que, nos quatro anos do atual governo, os salários do PGPE-PST-Planos Correlatos terão 24,75% de reposição, portanto, terão sido corrigidos pela inflação prevista no período (16,84%) e terão um ganho real de 6,77%.
Mas, como explicado acima, as distorções estão sendo aprofundadas. Dessa forma, caso as assembleias aprovem a aceitação dessa proposta, a Condsef/Fenadsef deverá exigir ainda uma negociação com o MGI para inserir no acordo cláusulas que garantam:
-o compromisso de repassar ao PGPE-PST-Planos correlatos todo eventual avanço que venha a ocorrer na negociação com a educação – TAE’s;
-cláusula em que o governo se comprometa a, até agosto de 2024, abrir uma mesa específica com a Condsef/Fenadsef para discutir a valorização das carreiras do PGPE-PST-Planos Correlatos visando a adotar um plano de recuperação salarial que cubra as perdas do período golpista e inicie um processo de correção das distorções.
A proposta apresentada contempla os aposentados que se mantiveram no Regime Próprio da Previdência Social (Lei 8.112/90), com paridade.
Vamos continuar e reforçar nossa luta independente em defesa dos direitos e reivindicações do serviço público se choca frontalmente com toda política de conciliação com os interesses antipovo e antinação que produziram a atual situação de crise institucional.
Conselho Deliberativo de Entidades da Condsef/Fenadsef - 04 de junho de 2024
Trabalhadores e trabalhadoras da Empresa Brasileira de Serviços Hospitalares (Ebserh) em todo Brasil, encerraram a greve nacional da categoria, iniciada no dia 6. Hoje pela manhã, 9, em Cuiabá, foi realizada assembleia no Hospital Universitário Júlio Muller, para discutir a nova proposta enviada à Condsef/Fenadsef e mediado pelo Tribunal Superior do Trabalho (TST). Ainda pela manhã, a Condsef/Fenadsef protocolou no Tribunal, através do Processo Judicial Eletrônico informando que, após decisão soberana das assembleias, as categorias profissionais decidiram pelo fim da greve.
Ontem, 8, o vice-presidente do Tribunal, ministro Luiz Phillippe Vieira de Mello, junto com representantes da categoria, informaram que se a empresa acatasse contraproposta dos empregados, que incluía essencialmente ampliar valor do auxílio-alimentação para R$1.000,00, haveria espaço para diálogo de suspensão da greve.
A empresa informou proposta final para os empregados e empregadas analisarem em novas assembleias até meio dia dessa quinta-feira, 9, condicionado a assinatura do ACT 2024/2025 e a suspensão da greve.
Além dos índices apresentados pela empresa de 3,09% (80% do INPC) para o ACT 2024/2025, retroativo a 1º de março, e o reajuste salarial de 100% do INPC sobre salários e benefícios para o ACT 2025/2026, a proposta para benefícios envolve algumas mudanças. Confira:
* Auxílio-alimentação
R$800 em 2024 (retroativo a 1º de março)
R$1.000 a partir de março de 2025
* Auxílio creche
Ampliar valor de R$213,96 para R$484,90 (retroativo a 1º de março)
* Auxílio saúde
Aumento equivalente ao INPC saúde, passando de R$180,68 para R$190,65 (retroativo a 1º de março)
O acordo também prevê a manutenção das cláusulas sociais já negociadas e apresentadas pela empresa e assegura o abono dos dias parados com reposição de 50% das horas.
O movimento paredista contou com 17 estados e o Distrito Federal.
O Sindicato dos Servidores Públicos Federais de Mato Grosso (Sindsep-MT), CNPJ nº33.710.088/0001-94, convoca todos os empregados da Companhia Nacional de Abastecimento – CONAB, lotados no Estado de Mato Grosso, para participarem da Assembleia Geral Extraordinária Híbrida (Virtual e Presencial), a ser realizada no dia 27/05/2024, às 14:00h, em primeira convocação e às 14:30h, em segunda convocação, com qualquer número de presentes, no auditório da Conab, localizado na Rua , Anibal Molina Ribeiro, S/N, Bairro: Ponte Nova, Várzea Grande – MT, presencialmente e virtualmente, pela plataforma Zoom Met, através de link que será disponibilizado, para discutir e deliberar sobre a seguinte ordem do dia:
Para participar da assembleia virtual, os trabalhadores da CONAB deverão se credenciar enviando e-mail para O endereço de e-mail address está sendo protegido de spambots. Você precisa ativar o JavaScript enabled para vê-lo. ou pelo telefone número (65)99971-6840. informando nome completo, local de trabalho, matrícula, número de whatsapp e/ou endereço de e-mail. Com essas informações, no dia e hora marcados, o sindicato irá encaminhar por e-mail e/ou whatsapp o link da assembleia geral virtual pela plataforma Zoom Met.
Cuiabá, Mato Grosso, 22 de maio de 2024
Rua Dr. Carlos Borralho, 82 - Poção - CEP 78015-630 - Cuiabá - MT
Telefones: (65) 3023-9338 / 3023-6617
Email: O endereço de e-mail address está sendo protegido de spambots. Você precisa ativar o JavaScript enabled para vê-lo.