Segunda-feira, 29 de  julho de  2024 

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HUJM: mais 5 trabalhadores testam positivo para a Covid-19

Situação tensa no hospital com 45 casos notificados sendo que 13 foram confirmados e 21 continuam sob investigação. Esta noite foi internado o primeiro paciente com suspeita do vírus.

O Hospital Universitário Júlio Müller (HUJM) confirmou ontem mais 5 casos para Covid-19 entre trabalhadores e residentes daquele estabelecimento. No início desta semana foram 8 os infectados que segundo a direção, foram inicialmente contraídos fora do hospital. Agora são 13 casos confirmados entre os profissionais sendo 7 recuperados e 6 em isolamento domiciliar. A maioria é do sexo feminino (12) e 1 do sexo masculino com média de idade de 41,5 anos. Apenas 1 com 60 anos ou mais. Há ainda 21 casos em investigação sendo 16 aguardando o resultado do exame e 5 sem coleta do material. 11 casos foram descartados.

Na quinta-feira, 16, o Ministério Público do Trabalho de Mato Grosso (MPT-MT), através da procuradora Tathiane Menezes do Nascimento, conseguiu liminar contra a Empresa Brasileira de Serviços Hospitalares (Ebserh) e a Universidade Federal (UFMT) determinando o afastamento de todos os profissionais da saúde acima de 60 anos. O HUJM tem que apresentar um cronograma em 10 dias detalhando o afastamento e a substituição destes trabalhadores podendo acarretar multa de R$ 5 mil.

A procuradora ressalta a ausência de equipamentos de proteção individual (EPIs) adequados e pela ausência de materialidade do Fluxo de Atendimento e do Plano de Contingenciamento apresentado pelo HU. O MPT constatou que os profissionais da saúde, mesmos realocados, continuam usando o mesmo ambiente de trabalho, correndo o risco de se contaminarem ou contaminarem os demais colegas, como tem ocorrido. Sem contar os pacientes que por ali transitam.

O HUJM está inserido no Plano Estadual de Contingência do novo vírus como centro de referência para casos graves com doenças respiratórias e os pacientes são encaminhadas através da regulação estadual.

Esta madrugada foi admitido o primeiro com suspeita da Covid-19.

AMBIENTE TENSO – Mesmo tendo o MPT determinado que o HUJM forneça equipamentos adequados e em quantidade suficiente, os trabalhadores dizem que trabalham sob tensão pois todos os setores só podem pegar 1 caixa (50 unidades) de máscara cirúrgica por dia e usar 1 máscara por plantão, mas muitos não obedecem a regra porque ela fica úmida e deformada no rosto. Alguns médicos conseguiram comprar a N95, mas a maioria usa a fornecida pelo hospital.

Em entrevista feita através de aplicativo, o representante dos empregados da Ebserh e diretor da Secretaria de Empresas Públicas da Condsef/Fenadsef, Ricardo Abel, recomendou que fossem aplicados testes em todos os trabalhadores da empresa para identificar quem pode ir para a linha de frente contra o vírus. “O problema é que nos primeiros casos nem havia o kit para exame. Para teste rápido ainda não há. Só o PCR, através do sangue e daquele chamado de swab que é aquele colhido o material através das narinas e da garganta com bastonete estéril grande”, diz um trabalhador que prefere não ser identificado, por razões óbvias.

Recentemente foi feito um treinamento com os profissionais que atenderão diretamente os suspeitos e confirmados, com todos os equipamentos de proteção como luvas, máscara N95, avental impermeável, óculos, toucas e viseira. Também ontem foram inaugurados os primeiros 8 leitos de UTI com todos os equipamentos necessários. Esta ala terá 20 leitos.

ATENÇÃO!

COMUNICADO AOS NOSSOS FILIADOS

 Considerando os desdobramentos da pandemia do Coronavírus, bem como as recomendações das autoridades do Ministério da Saúde (MS) e da Organização Mundial da Saúde (OMS), informamos que a suspensão do atendimento presencial na sede do SINDSEP/MT – SINDICATO DOS SERVIDORES PÚBLICOS FEDERAIS NO ESTADO DE MATO GROSSO, foi estendida novamente até o dia 03/05/2020. Havendo a necessidade de outra prorrogação, informaremos por este mesmo canal.
 
Estamos priorizando o atendimento por email e whatsApp (ver abaixo). O isolamento é muito importante no momento, pois os aposentados e pensionistas na sua grande maioria fazem parte de grupo de risco, são os que mais precisam do sindicato e os que mais frequentam nossa sede.
 
Informamos ainda que a nossa assessoria jurídica também está atendendo através do trabalho remoto.
 Atenciosamente
 
CARLOS ALBERTO DE ALMEIDA
PRESIDENTE
 
 Caso necessite, entre em contato.
 
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O endereço de e-mail address está sendo protegido de spambots. Você precisa ativar o JavaScript enabled para vê-lo. (Jurídico/Adriane – WatsApp (65) 999947-5368)

Mais ricos devem pagar a conta da pandemia do coronavírus (Covid 19)

Os reflexos da pandemia do coronavírus (Covid 19) na economia devem se estender por muito mais tempo do que a quarentena determinada pela Organização Mundial da Saúde (OMS). As projeções de queda no Produto Interno Bruto (PIB) e a perda de milhões de emprego no Brasil fazem parte das análises de economistas de todas as tendências.

Para piorar, a queda no rendimento do trabalhador e da trabalhadora que se vê sem perspectivas diante da inércia do governo Jair Bolsonaro  (sem partido) que só se preocupa em proteger o empresariado e o mercado financeiro, pode levar o Brasil ao aumento da desigualdade social, num país que está entre os 10 mais desiguais do mundo.

Diante desta crise sem precedentes, a conta mais uma vez está caindo nas costas do trabalhador e da trabalhadora. Está na hora do empresariado que sempre teve benesses, que sempre pagou menos imposto, pagar a sua cota de sacrifício, defende o vice-presidente da CUT, Vagner Freitas.

Segundo ele, é neste momento de reconstrução do país que os empresários precisam fazer muito mais do que campanhas de arrecadação de alimentos, de doações assistenciais, que a CUT considera importante, tanto que seus sindicatos filiados também estão oferecendo suas sedes para as autoridades de saúde, mas a questão principal é que do ponto de vista econômico financeiro os empresários não abriram mão do lucro.

“Os empresários, pelo contrário, fazem campanhas com dinheiro do trabalhador para terem isenção tributária do governo e ainda insistem em demitir e tirar os sindicatos das mesas de negociações deixando o trabalhador desprotegido”, afirma Vagner.

É neste, sentido, diz o vice-presidente da CUT, que as Frentes Brasil Popular e Povo Sem Medo, com o apoio de todas as centrais sindicais do país (CUT, CTB, Força Sindical, UGT, CSB, NCST, CGTB, CSP- Conlutas, Intersindical, Intersindical Instrumento de Luta) e de entidades do serviço público e de coletivos de auditores, lançaram a campanha “Taxar fortunas para salvar vidas”.

"O sentido desta campanha é defender a solidariedade, significa não demitir, manter os empregos, significa que as empresas precisam diminuir seus lucros e colocá-los à disposição do Estado, do povo, para que possamos fazer frente à esta pandemia. Os ricos precisam pagar mais" - Vagner Freitas

De acordo com o dirigente, não há uma colaboração efetiva dos empresários, o que há é uma tentativa colaborativa com recursos alheios.

Para que os ricos contribuam mais no combate à pandemia da Covid 19 são necessárias diversas mudanças no sistema tributário brasileiro, que podem render ao governo R$ 272 bilhões anuais. Deste valor, R$ 100 bilhões seriam utilizados por estados, municípios e o Distrito Federal, num Fundo Nacional de Emergência de combate à pandemia da Covid 19, defendem em um documento os Auditores Fiscais pela Democracia (AFD), a Associação Nacional dos Auditores Fiscais da Receita Federal do Brasil (ANFIP), a Federação Nacional do Fisco Estadual e Distrital (Fenafisco) e o Instituto Justiça Fiscal (IJF).

Os R$ 272 bilhões seriam compostos com 50% da arrecadação de um Imposto sobre Grandes Fortunas, 50% pela arrecadação de uma Contribuição Social Sobre Altas Rendas das Pessoas Físicas, 50% da arrecadação da Contribuição Social Sobre o Lucro Líquido (CSLL) sobre os setores financeiro e extrativista mineral e 20% do valor arrecadado de Imposto de Renda decorrente da cobrança sobre lucros e dividendos distribuídos a pessoas físicas.

Estamos falando de bilionários, dos bancos

“A gente aponta as fontes, as medidas para buscar essas fontes, os novos recursos, que hoje não existem, para permitir o aumento da capacidade do Estado em contrair mais dívida para investir na área da saúde. São medidas que terão um menor ou quase nenhum impacto na sociedade. Estamos falando de bilionários, dos bancos”, diz Charles Alcântara, presidente do Fenafisco.

Algumas medidas precisam ser tomadas imediatamente para que possam passar a valer em até três meses. Outras por força de Lei só poderão passar a valer no próximo ano, mas são tão necessárias quanto as imediatas porque a reconstrução da economia do país precisará de muito mais tempo, acreditam os auditores fiscais.

“Nossa maior preocupação ao lançar o documento não foi a arrecadação imediata, embora sejam emergenciais. Nossa tese que converge com os principais economistas, inclusive os liberais, é de que o Estado precisa gastar, se endividar para fazer frente a pandemia. Por isso, propomos contribuições sociais , como lucro dos bancos, que possam aumentar a arrecadação em 3 ou 4 meses. Outras como a taxação de grandes fortunas ,por força de Lei, só poderão ser adotadas no próximo ano, e arrecadaria R$ 40 bilhões ao ano’, explica Charles Alcântara.

De acordo com o documento, um dos principais gargalos para que a conta da pandemia seja paga pelos mais ricos, é  que o sistema de impostos brasileiro dispõe de mecanismos que isentam do Imposto de Renda das Pessoas Físicas (IRPF) as camadas de alta renda.

"Quem ganha mais de 240 salários mínimos mensais (R$ 250.800,00), por exemplo, tem cerca de 70% da renda isenta de impostos, enquanto os trabalhadores de baixa renda têm descontados 7,5% de alíquota de imposto na folha salarial a partir de R$ 1.903,99 e quem ganha R$ 4.664,68, o desconto chega a 27,5%" - Charles Alcântara

Entre as propostas de mudanças na tabela do IRPF esta a de incluir  alíquotas de 35% e 40% que incidirão sobre rendimentos superiores a 60 salários mínimos (R$ 62.700,00) e 80 mínimos (R$ 83.600,00), respectivamente; e alíquota marginal temporária de 60% sobre rendimentos superiores a 300 salários mínimos mensais (R$ 313.500,00), que representam 0,09% dos contribuintes. Já o trabalhador que ganha R$ 4.000,00 deve ser isento do pagamento do imposto. Somente a mudança na tabela do IRPF arrecadaria R$ 120 bilhões ao ano.

Para demonstrar como a desigualdade social no Brasil deve ser combatida com uma reforma tributária que taxe os mais ricos, os auditores fiscais levantaram outros dados: quase 30% da renda do Brasil estão nas mãos de apenas 1% dos habitantes do país.

Segundo a revista Forbes, em 2012, tínhamos 74 bilionários com patrimônio declarado de R$ 346 bilhões; e após apenas seis anos, esse patrimônio triplicou. Em 2019, eram 206 bilionários que detinham mais de R$ 1,2 trilhão - quase 20% do Produto Interno Bruto (PIB).

Para se ter uma ideia da alta concentração de renda, a soma de toda a riqueza das famílias brasileiras é de cerca de R$ 16 trilhões de reais, estando quase metade de toda essa riqueza (R$ 8 trilhões) nas mãos de apenas 1 % das famílias.

“Por tudo isso é necessário que haja a contribuição maior dos mais ricos para que o Estado se endivide para salvar vidas. Essa é a prioridade máxima. Depois temos como recuperar a economia e pagar essa dívida”, conclui o presidente da Fenafisco.

COVID-19

 

O Hospital Universitário Júlio Müller (HUJM) que possui, entre seus quadros, empregados da Empresa Brasileira de Serviços Hospitalares (Ebserh), confirmou hoje que 8 profissionais da saúde testaram positivo para o coronavírus (Covid-19). Foram infectados médicos residentes, médicos assistentes, enfermeiros e técnicos em enfermagem mas nenhum se encontra internado no local. Apenas uma médica que está em um hospital particular em situação estável e o restante estão em quarentena nas suas residências e passam bem. São trabalhadores que recebem e internam pacientes.

A informação foi passada pela diretora de infectologia do HUJM, Márcia Hueb, ao jornal MT1, da TV Centro América, em Cuiabá. Segundo ela, há no hospital um ambulatório justamente para quem sentir algum sintoma respiratório ou outros sintomas da Covid-19. “Eles são afastados mesmo antes da confirmação e vão para a quarentena. Essa é a primeira medida para não haver transmissão interna caso teste positivo. A segunda medida foi testar as pessoas próximas pelo fato de estarem entre profissionais da saúde e que na condição de assintomáticos podem estar transmitindo”.

Hueb disse os setores atingidos estão sob investigação mas “me parece que a situação está sob controle. Isso pode acontecer, como aconteceu em um outro hospital. A medida principal é o isolamento da pessoa que esteja com sintomas mesmo antes da confirmação.”

O HUJM está inserido no Plano Estadual de Contingência do novo vírus como centro de referência para casos graves com doenças respiratórias e que são encaminhadas pelo SUS mas até hoje nenhum paciente foi internado. Recentemente o hospital anunciou que conta com uma máquina que pode executar os testes e conferir os resultados com altíssima confiabilidade, com a metodologia RT-PCR que é considerada padrão de excelência para detectar o Covid-19.

Testar todos trabalhadores - Para Ricardo Abel, empregado da Ebserh de Sergipe e diretor da Secretaria de Empresas Públicas da Condsef/Fenadsef, o grande problema hoje é a subnotificação. A Ebserh tem que mudar de imediato o PCMSO (Programa de Controle Médico de Saúde Ocupacional), tem que testar imediatamente todos os trabalhadores da empresa para se ter um controle para identificar quem vai que ter mais cuidado na linha de frente para não se contaminar com essa doença. “São muitos realmente, mas é necessário neste momento. Pernambuco fez uma recentemente com cerca de 300 trabalhadores, não só da Ebserh mas de vários locais e 168 deram positivo para o coronavírus”.

“Infelizmente o trabalhador da saúde está colocado numa guerra, lançado ao leão Covid-19, desprotegido, com relatos de falta de equipamento de proteção individual (EPI) em todo o país. A Ebserh disse que faria uma compra mas até agora ninguém viu chegar nada”.

Ricardo disse esperar providência do governo e enquanto aguarda, a doença está solta, pegando todo mundo. O panorama atual em outros estados não é muito diferente do que em Mato Grosso. “Colocaram a gente numa guerra fazendo só arminha com dedo. Porque armas mesmo para trabalhar, munição para combater, a gente não está tendo”, finalizou.

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